É uma das poesias mais famosas e reproduzidas do mundo.
Meu contato com ela aconteceu há algumas décadas. Minha mãe colocou, em 1984, uma cópia dela sob o vidro da biblioteca onde mora, e está lá até hoje! Desde a infância a lia sempre que passava por perto.
Acabou que o tal poema se tornou meu mantra.
Gosto tanto dessa poesia que a fiz constar nos convites de formatura da minha segunda faculdade (contabilidade, em 2004) e está logo no início do meu livro “Direito Empresarial imprescindível!”
Podemos assistir aqui à minha interpretação do poema.
Segue a letra da relíquia:
SE
(Rudyard Kipling)
Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.
…
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.
…
Se és capaz de pensar – sem que a isso só te atires,
de sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.
…
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.
…
Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.
De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!
…
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.
…
Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e – o que ainda é muito mais – ÉS UM HOMEM, meu filho!
(Tradução de Guilherme de Almeida)

Poema lindo!