Os filmes brasileiros, até lá pelos anos 50, estavam em pé de igualdade com a produção média de hollywood; logo depois, com o boom da televisão na terra do Tio Sam, o cinema de lá deu um salto de qualidade, para poder fazer frente à nova mania que foi a telinha nas casas. Começava ali um distanciamento que nunca mais deixou de existir.Inteligentemente algum diretor percebeu que podia gerar público para o ruim, e produziu e empurrou filme mal produzido… e vendeu! Funcionou! Nascia o “Cinema Novo”.
Lá vinha, portanto os filmes B, trash, com dublagem ridícula e em primeiro plano. Hoje, reassistindo aquilo tudo pelo youtube a Canal Brasil, percebemos que “é tão ruim que é legal”. E foi com esse tipo de produção que duas gerações se acostumaram à ideia de “cinema brasileiro”, algo quase que caricato.
Normalmente era a tríade: não prestava nem imagem, nem som e nem a história. Quando um dos trẽs prestava, os outros dois elementos continuavam uma porcaria. Vem em quando sorgia filme com dois desses elementos tendo qualidade a menos aceitável. Sorte tínhamos nós com filmes que a historia, o roteiro, era realmente bom, podia até “encobrir” o som e imagem ruim, como é o caso do “Lúcio Flávio, o passageio da agonia”, ou “Dona For e seus dois maridos”.
Depois houve alguma retomada na segunda metade dos anos 90.
E agora temos um novo problema: alguns parecem novela, produções de televisão em formato de filmes; inclusive com linguagem e tomadas televisivas, cenas com poucas paisagens e, quando surgem, são aquelas tomadas clichês de cenas urbanas.
Bem verdade o é que a década de 2000 em diante trouxe jpa grandes filmes, que não mais deixam a dever a nenhum – nenhum – filme de Holywood, como é o caso de “Cidade de Deus”, “Tropa de Elite” etc.
A qualidade está subindo, até nos filmes “tipo B” há melhorias, resultado da digitalização dos equipamentos e técnicas.
O para o futuro, o que há para nosso cinema brasileiro? Estagnação, retrocesso ou algo surpreendente?