Existe uma gama de palavras – muito empregadas em meio jurídico – que, se ditas em sala de aula, fazem o professor ficar mais inteligente. Se dito em uma conversa, faz o interlocutor se achar burro, achar quem diz um CDF ou chato.
Essas palavras são muito usadas por autores jurídicos que adotam encher linguiça para parecerem doutos. Atualmente eu as estou usando para deixar umas estrofes de músicas mais bonitas.
São palavras que normalmente quem escuta não sabe o que é, e não pergunta para não parecer burro. Pior: quem as diz às vezes também não sabe o que significa, mas confia que a outra pessoa não vai perguntar o que significa – e quando ditas com autoridade e certeza, dão até medo em quem escuta, pensamentos do tipo “Cara, esse manja!”.
Essas palavras são bonitas, possuem uma musicalidade quase poética. Desconfie de quem às usa ou escreve escondidas nas frases, e confie plenamente em quem, ao menos quando as fala, muda o tom por dez segundos para explicar o que significam.
A lista é a seguinte:
Idiossincrasia
Catarse
Axiomático
Epistemológica
Dogmática
Taxonomia
Ontológica
Fenomenológico
Atávico
Deontologia
Ok, hoje só é a lista. Outro dia, em outro post, eu falo sobre cada uma :-). Mas você já pode começar a falar bonito agora mesmo!