Vejo período após período a “Síndrome de finalista”.
Não sei se é só comigo que acontece, ou se apenas eu noto.
Mas sempre que ministro aula para turmas finalistas (e já se vão dez anos de magistério), percebo que aqueles alunos:
1 – Não aguentam mais a faculdade, como se o próprio ambiente já lhes causasse repulsa (por terem estado lá tanto tempo?); como se contassem cada segundo para se verem livres de tudo;
2 – Por algum motivo (que ainda não descobri), acham que não podem ser reprovados, que existe alguma obrigação de alguém professor aprovar automaticamente qualquer aluno que tenha chegado ao último período;
3 – Por algum motivo igualmente estranho, acham que não mais precisam frequentar a faculdade e que, como que por encanto, não serão reprovados por falta;
4 – Acham que, por estarem fazendo ou estudando para o Exame de Ordem, precisam ser enquadrados como uma casta à parte;
5 – Quanto à maioria, a verdadeira face surge, a soberba aparece e a humildade some;
Posso estar errado;
Aliás, espero estar errado.