É o que resta da antiga “Feira da Bondade“, mas ao menos ficou o seu melhor. Soube da Barraca esse ano por fotos de convite postadas no Facebook. Era comemoração do trigésimo aniversário, nesse tempo todo só faltei a uma delas.
Sete horas de sábado, 18 de outubro de 2014 eu adentrava ao salão climatizado onde estava instalada a Barraca – salão climatizado é coisa nova, era só a cerquinha estilizada mesmo, até esse ano.
Notei que os atendentes eram de faixa etária mais velha do que o de costume, todos, ou quase todos, grisalho lá pelos 50 e poucos anos, aparentemente – mas a alegria, motivação e jovialidade estavam lá, como sempre esteve. Nenhum requinte, como já sabemos – é é bom que continue assim. Oção de bebida: chopp, água e refrigerante. Detalhe: a água é sem copo. e estava muito legal. A trilha sonora foi a de lei: músicas italianas.
Durante o tempo em que estive lá, entre 19 e 20 horas, não chegou a lotar, mas faltaram poucas mesas para encher – em anos anteriores já vi fila na porta a espera de mesa. Terá sido a menor divulgação desse ano ou o espaço der sido o maior desde sempre?
As fantasias dos atendentes estavam impagáveis: um árabe com bombas em volta, outro com chapéu de pizza, com boné de cachorro, um vestido de zorro e ainda um com cartola de Tio Sam.
Uma vantagem em relação aos anos anteriores: o som não estava hiper-alto. Dava até pra conversar tranquilamente – não sei se era pela localização da minha mesa. Mas em anos anteriores, o som parecia atravessar nosso cérebro de tão alto; hoje estava tudo bem comedido.
Nunca havia visto a Barraca do Bixiga tão grande. Metade do prédio do Sesi, um dos pavilhões inteiro, estava tomado;
Outra inovação – em algum momento, pararam tudo para um discurso de agradecimento, o cronner pediu que cada um fizesse sua oração – teve dois minutos de silêncio (absoluto, mesmo!) – ao final começaram a cantar de novo a música lá lá lá lá láralará lá…
Não vi conhecidos nem rostos que vejo há décadas por lá, será que era por estar muito cedo?
Esse ano vi um garoto sendo garçom. Nunca havia visto criança atendendo lá; já mostrava a motivação dos adultos do Bixiga, legal.
Tudo muito caro, como sempre – mas todos vão conscientes que é um evento beneficente para a APAE, então, ninguém reclama. Minha conta mesmo deu 105,00, mas deixei 120.
Deixei o essencial para o final: a pizza. Bem, acho que a Barraca de 2012 parece ter sido mesmo a última com o tradicional queijo do Bixiga. O queijo estava chinfrin, igual à pizza do ano passado, claramente sem ser da mesma procedência que as dos outros 28 anos. Mas ma pareceu um pouquinho melhor, esse no. Não sei se realmente o queijo estava mais gostoso que o ano passado (mas inigualavelmente inferior à de 2012 e anteriores, repito), ou estava exatamente igual, apenas não mais me choquei tanto com a diferença, como ocorreu ano passado, o fato é que essa Barraca está nos devendo – espero que em 2015 – a volta daquele queijo usado naquelas inesquecíveis pizzas.