“Wings over America” (CD) [resenha]

Já conhecia tal obra dos Wings, mas andando pela Saraiva dia desses, vi a versão remasterizada e comprei-a. Valeu.

O acabamento gráfico imita o LP original no todo (é duplo), em miniatura; bom manusear esses disquinhos em plena era de MP3.

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O disco (gravado em 1976) traz o Wings em sua melhor forma, na melhor formação e em seu auge. Críticos dizem que os discos subsequentes nunca mais conseguiram igualar os anos de ouro dos Wingos que, dizem, terminaram aqui (entre 1973 e 1976). Sobre os Wings, escrevo um outro post em outro dia.

O Paul está usando um Rickenbacker 4001 – Igualzinho ao meu (ops, desculpe a pretensão, o meu que é igualzinho ao dele!) ao que comprei em Londres em 1996, e que o usei na Gravação da “Anne”.

Por falar em baixo, sei lá se por ser Paul o dono da banda, o Baixo está com som em primeiro plano em todas as músicas, com volume superior às pŕoprias guitarras, inclusive.

Li em mais de uma biografia que o Wings foi a banda mais rentável quanto a apresentações ao vivo dos anos 70. Será? Não duvido, já que os outros ex-Beatles não eram tão dados a shows e turnês, diferente dos Wings – Era portanto a única banda a levar o legado de “Show dos Beatles” após o fim da banda.

A gravação não é das melhores (e olha que estou ouvindo a versão remasterizada!), com som meio abafado, embolado e longe da captação ideal. Mas a qualidade dos músicos e das músicas cobrem com folga tal deficiência.

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Vou escrever um pouco sobre as faixas que mais gosto desse disco duplo:

O disco (vou chamar assim, “disco”) já começa com pancada na orelha, porque depois de dois minutos da suave “Venus and Mars” o pau canta com “Rock Show” – Se você escuta música correndo, como eu, pode ir pra velocidade 9 na esteira!

Pule quatro músicas e vá para “Medicine Jar”, onde Linda canta com Denny Laine algo ritmado, batido tum-tum-tum.

“Richard Cory” é o ponto alto em música acústica do disco. três ou quatro violões de aço dão a tônica dessa música muito legal junto com o arranjo vocal. Detalhe: Essa música não consta em nenhum outro disco oficial dos Wings; e fiquei com a impressão que ela só funciona ao vivo mesmo, se ouhevesse versão de estúdio não conseguiria empolgar como nesta gravação (escute aquele refrão; gruda!).

São esses o ponto alto do primeiro CD. As outras músicas são dos Beatles ou lentinhas, que não me agradaram uito (neste disco!). Aliás, li em uma biografias do Paul que só nessa turnê é que ele voltou a tocar músicas dos Beatles, seis anos após aquele abril de 1970 onde ele anunciou o fim da banda.

O Disco dois possui trẽs músicas realmente pirantes:

Vá direto para a sétima música: “Time to hide”; uma música batida-martelada que (e só eu tenho essa impressão, eu acho) bem poderia ser uma dance music com beat 96 bpm, é uma dance cadenciada com arranjo de rock!

“Beware my love” é show e muito, muito, muito mesmo melhor do que a sua versão de estúdio, acho que movida pela empolgação do palco, é música “levanta morto”, não há como não se fica agitado ouvindo essa música.

O ponto alto de todo o disco, para mim é a ultima música: “Soily” – Minha sugestão é que você faça o que eu fiz: comece ouvindo a obra por essa música! – Pense em um rock com estrutura perfeita e que faz qualquer um levantar e sair pulando! Quanod escuto essa música em alguma corrida a velocidade aumenta automaticamente e o cansaço some! – E essa música nunca saiu em LP de estúdio dos Wings, duas gravações piratas dela existem em supostas vesões de esúdio, que nunca foram lançadas (na verdade, uma recente versão remaster do “band on the run” trouxe uma comercialização oficial de uma gravação não-oficial dessa música, mas que não chega aos pés dessa versão ao vivo). Ah, e se alguém conseguir decifrar a letra do refrão, me explique!

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As outras são versões do Paul para músicas dos Beatles, uma do Moody Blues “Go Now!” (Para quem não sabe, Denny Layne é egresso do Moody) e músicas do Wings que, penso, ficaram melhores em versões de estúdio mesmo. (Ok ok, “Live anda let it die” e “Band on the Run” ficaram tão boas ao vivo quanto em estudio!).

Penso que a fase Wings foi a melhor de Paul pós-Beatles, e você, o que acha?

 

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