Enquanto escrevo isso bebo um café com leite, aqui no “Café do Ponto”, do Shopping Manauara.
Acontece que assisti a uns videos de YouTube onde se explicavam o quão mal o leite faz para os humanos adultos; fico pensando se não estou me matando aos poucos.
Já larguei refrigerante, cortei 90% frituras (aquele pastel de queijo da feira da Cachoeirinha, sábado, foi junto), elaboro dez equações mentais antes de comer algo.
É que já vi pessoas falecerem por pagar o preço de curtirem a vida sem esses controles. Vi curtidores de alcool (não necessariamente dependentes) morrerem com diabetes tipo I, II e mais umas quatro delas; vi fumantes cujo preço dos tragos foi a morte. Colegas nossos, da minha idade ou geração, exibem plena obesidade (saudade do programa “Balão Mágico?”) e nos perguntamos se em breve não os veremos enfartando.
Ou seja, é uma escolha contínua: viva mais se privando, ou experimente tudo e morra antes.
Como vou morrer mesmo um dia, decidi que, quando chegar aos 60, vou começar a beber whisky e fumar charuto, é que acho muito legal isso aí, mas quero estar já velho e imprestável mesmo quando o preço chegar (lá por quando eu estiver próximo dos 100).
Li em uma revista que até as verduras inocentes já vêm imersas de químicos. Lá na SubWay, no início do ano, tinha em uma plaquinha “retiramos os picles para diminuir o sódio em nossos sanduíches, mas estão à sua disposição, caso você peça”. – Li aquilo como “Tentamos não te matar, mas… quer? como disse o ex-prefeito: ‘Minha filha, morra!’
Puxa, tive a impressão de ver uma caveira nesse café com leite aqui, agora.
E você? Encara tudo pagando o preço de morrer mais cedo ou se diz “não” para viver mais?