Vim ao shopping depois de 3 meses (pandemia)

Vim ao shopping depois de 3 meses, recentemente se permitiu que voltasse a operar.

Já na entrada uma simpática moça media nossa temperatura. Os bancos dos corredores  foram removidos.Menos pessoas que antes. Pessoas andando mais devagar, algo não está bem, parecem com medo. Lojas com vitrinas esvaziadas com os produtos mais espaçados para disfarçar. Isso pode levar a três leituras diferentes: a melhor é que o estoque foi quase todo vendido, a pior é que não conseguiram renovar estoque mesmo com as vendas, a intermediária é que os lojistas retiraram os estoques da loja para protegê-los ou vender em outros canais e locais. A loja que estava dentre minhas preferias, minha “televisão de cachorro”, a C.Borges (onde comprei minhas guitarras Bluanca e a Noyellow), fechada com papel do shopping no vidro. Espero que seja temporário, espero mesmo.

Lojas com fila para entrar, a Saraiva permitindo só 25 clientes lá dentro será que os que estavam no café contavam?), saía um, entrava um. Com pouco mais de sete minutos de fila, arreguei, volto outro dia, mas sei que tudo isso é necessário. Fiquei feliz de ver que os funcionários dos cafés que eu costumava ir ainda estavam lá trabalhando. Procurei máscara daquelas pretas, estilosas, mas não encontrei, em loja alguma, penso na oportunidade que esses lojistas estão perdendo em vender esses bagulhos importantes.

Diferentemente do que eu pensei que estivesse, os vendedores das lojas não estavam ávidos para fisgar cliente a qualquer curso, como estava, antes da pandemia, até aquelas mãos que ficam vendendo em quiosques de cosméticos dos corredores, que “vão buscar cliente” lá no meião, estavam mais quietas. A impressão é que estão conformados com a novo quadro: quase todos estão quebrados, gastando bem menos que antes, então, nem adianta voar em cima.

Me senti culpado em ter que soltar um dos lados da máscara para poder beber o café, e notei que pessoas me olhavam involuntariamente quando e soltava a aba da máscara. Estou certo que era mais por reflexo odo que por desaprovação (todos sabem que não se vai tomar espresso – com “S” mesmo – pela máscara), sei que era involuntário porque minha visão periférica me alertava se alguém tirava a máscara.

É, novos tempos.Em outro Shopping (inclusive com leitra de temperatura mais avançada, onde nem precisávamos parar, andando mesmo nossa temperatura era aferida), vi mais lojas fechadas, algumas porque se tratava de serviços ainda não permitidos de funcionar, outras por outras causas – espero sinceramente que apenas estejam esperando tudo voltar à “normalidade” (ainda que diferente) para retomarem às atividades, afinal, os clientes ainda estão com presença tímida mesmo…

Ao que parece, vai ser assim por muito tempo ainda.

Author: Marco Evangelista

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