Dia desses, há um mês e meio, escrevi sobre “viver em ponto morto”. [para ler o post clique AQUI].
Já naquele momento me perguntava se podia haver algo pior, agora vejo que sim. É que quando se está em ponto morto, ao menos existe movimento, se está indo, ainda não se saiba pra onde; a vida leva.E existe algo pior, é que não se vai pra canto algum. Quando sequer se tem a ladeira para, em ponto morto, haver movimento.
Nada acontece. Os dias e as pessoas ficam iguais, o único sinal de que não está tudo fisicamente congelado mesmo é que a cada dia a data muda; e só esse fato – a mudança da data – é que não faz com que seja literalmente uma “vida parada”.
Isso pode significar a base de lançamento de uma grande mudança, ou pode ser apenas o sinal de que a vida acabou, apenas a existência é que continua (já que o tempo, implacavelmente, não para, ainda mais para quem já passou dos 40). [detalhe, leitor: eu não sabia se era “para”, ou “pára” – chequei e descobri que a reforma ortográfica tirou esse acendo diferencial, então, é “para” mesmo!]
Pior ainda é quando se olha para o passado e não lembramos de ter vivido aquilo, que parece ter sido outro “eu” o protagonistas de uma porção de fatos que, se não estivessem registros em papeis, fotos videos, você poderia jurar que não aconteceram.
Estranho. Estranho…