Quinta, no último dia 31, enquanto eu estava no estúdio de TV, assisti à gravação da cerimônia de desligamento do sinal analógico de televisão. Desde 1950 vigeu tal sinal aqui. A primeira coisa que fiz foi sair do estúdio e ir lá na sala-master do sinal digital, ver ao vivo o tal botão.
Estou, como todos até aqui, estamos acostumado aos cabos “vídeo in” e “vídeo out”, aquele cabo amarelo, afora os cabos de áudio “L” e “R” (“esquerdo” e “direito”), dava para fazer gambiarras de todo jeito com esses conectores. até papel alumínio já usei nessas conexões (com êxito!).
O botão de antena ainda existe, mas só para antena externa à TV, mas não mais de envio de sinais entre aparelhos, que agora é só por cabo HDMI ou fibra ótica.
Por falar em antena externa, um erro que vi na divulgação é que os kits que estão sendo entregues à população que tem cadastro em algum programa social é uma horrível, externa literalmente, daquelas de se instalar fora de casa. Os kits que comprei para instalar na minha casa vinham com uma anteninhas pequenininhas, de colocar em cima da TV mesmo.
Vi nesses últimos meses uma campanha massiva para a população instalar o conversor digital para que as TVs analógicas possam funcionar com sinal digital. O empecilho é que “ganham” mais um controle remoto, já não basta o controle remoto da TV ainda vai ter o do conversor.
Já é antigo o conceito de TV digital, nos anos 80, lendo os volumes dos “Escoteiros Mirins” da Disney, já falavam em TV Digital, fininhas, e com guias de programação e, pelo que era dito, coisas podiam ser compradas diretamente pela tela da TV, ao estilo do antigo “videotexto”.
Agora, com ela sendo realidade, já tenho a criticar que alguns canais digitais tem som atrasado em relação à imagem, espero que essa dessincronia seja apenas nesses primeiros momentos de sinal único.
Afora isso, só resto dizer que foi a segunda grande mudança na TV desde aquele 1972, quando surgir as cores na tela.