Um Gadget super descolado, o máximo de recordação e hobby.
Qualquer um podia ser um cineasta ou ter um cinema em casa. Era o Super-8.
O projetor.
Tínhamos um sem som, colocávamos o carretel de filme na frente, passávamos pelo encaixe e prendíamos no outro carretel, baixávamos o dispositivo e o filme começava, tinha o knob de iluminação e o de foco, o de foco geralmente era na própria lente, girando. Tic-tic-tic-ric….
Os filmes
Carreteis pequenos, de três a cinco minutos, uns de dez e um a grandões de quinze ou vinte minutos.
Largura de 8 milímetros (era o nome delas, 8mm) e alguma tinham uma trilha magnética para som, essas que eram chamadas de “Super-8”. Tinham os furinhos em forma de quadrados só em um lado da fita, era esses furinhos que encaixavam n rolo de engrenagem que puxava a fita.
Vez ou outra, não era raro, parava o motor ou ficava em falso o filme. E se o filme parasse, o filme queimava (daí a expressão “queimar o filme”, não era de máquina fotográfica, como pensam alguns), e aparecia na tela, grandão, o filme queimando bem lentamente, com um buraco derretendo, assustador., é que a lâmpada era muito-muito forte.
A Câmera
Tinha umas bem portáteis, movida a corda, inclusive, e umas a filhas. As que pegavam rolos de 4 minutos era bem pequenininhas mesmo e até onde eu saiba não tinham som. As mais avançadas gravavam som ambiente por microfone, mas era maiores e mais pesadas porque o receptáculo do motor tinha que ter isolamento acústico para que eu não ficasse gravado som no filme, mas sempre acabava ficando gravado o tic-tic-tic.
Podíamos ler nas revistas e gibis curso de “Super-8”, e foram populares até a chegada dos vídeo-cassetes, lá por 1983/84.
Aqui na Zona Franca havia filmes para venda em Super-8, vi Tubarão em uma festa de aniversário, certa vez. Assistir aquilo em uma telona, em uma casa, era mágico.