Eu já escrevi um post sobre streamings antes; mas escrevo novamente, com novas divagações sobre.
No início, a portabilidade do áudio surgia para nós em fitas cassetes e os walkmans, era assim que eu corria e ia para a academia, fitas e fitas com as etiquetas “Legais 1”, “Legais 2”etc.
– No inícios dos anos 2000 descobri os MP3 e fiquei um ano inteiro ripando os meus CDs, nem todos, só as músicas legais, um a um, dos três mil, uns dois mil CDs Ripados. Agora eu podia ouvir as músicas em MP3 players, lá por 2004 me rendi ao iPod, tive mais de 7, dos diversos modelos e capacidades (entre desaparecidos e furtados, uns 5). Era o iTunes que nos garantia a usabilidade.
Mas aí começava problemas:
Quando mudávamos de computador, não tinha como levar a playlist de um computador para o outro, as músicas iam, mas as playlists ficavam no iTunes do computador original., precisávamos de fazer uma nova playlists no novo computador, e nunca ficava a mesma coisa.
Além do mais, ficava preso à capacidade do iPod e não tinha como, usando o iTunes levar as músicas de um iPod para o outro.
Estava resistente a usar os serviços de streamings, pois com as músicas em MP3, que estavam no meu HD, já fica tudo meio frio por não estar algo girando como um CD em algum lugar, imagine com os arquivos nem no meu computador estão! Parece que nem real a música fica… mas é tudo questão de costume.
Fui testar o Deezer e tive a grata surpresa de eu nove em cada dez CDs meus estavam lá, bastava agora eu ir montando a playlist com as favoritas, uma a uma. Isso me resolve vários problemas:
- Posso ouvir em qualquer dispositivo ligado à internet (tem a opção de baixar músicas, mas para ter os arquivos, usaria os iPods ora!);
- Se eu mudar de dispositivo, não tenho que sair levando as playlists de um aparelho para o outro, já que fica tudo na nuvem;
- Não preciso deixar as músicas armazenadas me nenhum aparelho tendo que guardar com cuidado.
Tem umas desvantagens:
- Muitas músicas dos anos 60-70-80-90-2000-2010 ainda não estão nesses serviços; (como a “Só o fim” o original, do Camisa de Vênus); ai lá vai nós ter que subir arquivos que temos guardados nos HDs.
- Talvez por causa psicológica, temos a certeza que a qualidade do áudio é bem inferior à dos CDs, talvez pelo tempo que passamos lutando com arquivos MP3.
Enfim, estou definitivamente convencido de que, depois do disco, fita, CDs e MP3, essa é a próxima era, a do áudio streaming.
Comecei usando o Deezer, lá em 2018 que, aliás, tinha a melhor interface de todos os serviços, depois o Spotify dominou o mercado (é o que uso mais, deixando para o Deezer ouvir as músicas que upei).
Nem todos os serviços de streamings permitem upar nossos arquivos de música, o que ainda nos mantém dependente das pastas das nuvens.
O Groove da Microsoft não pegou, e o Google Play Music logo mudou para Google Music.
E, todos eles, já digo, não tem tudo quanto o que se diz. Acervo de música atual tem tudo, mas o que há de antigo só ainda nos MP3 e youtube, porque é meio difícil encontrar musicas coisas. Por isso só fui trocar meu iPod por streaming lá por 2020.
A qualidade do som em streaming não era lá essas coisas quando surgiram ao público, imagine o caminho: da rede de internet para os roteadores, destes, via wifi, para o celular, depois do celular para o fone, via bluetooth.
Mas resisti muito a me render a esses streamings. Eu que cheguei a ouvir música em fita de rolo, passei pelo vinil, cassete, CD, MD, MP3 player… chegamos aqui e, definitivamente, a praticidade preponderou sobre a qualidade, ao ponto de não questionarmos mais se o som é melhor ou pior que os modos anteriores de áudio (um tal de “Tidal” promete ser superior aos outros em qualidade, nunca experimentei).
Mas, atualmente (2023) está bem satisfatório, o bastante para ser aprovado por um audiófilo.