(Escrevo esse post antes de sair o resultado da disputa dos bumbás de Parintins de 2014.)
Sou Caprichoso, mas sei lá… acho que nem tanto, mais.
Torço pro Caprichoso desde 1996, quando estive em Parintins a trabalho e fui presenteado com uma miniatura do Boi Caprichoso – por esse motivo aparente mente idiota virei Caprichoso.
Eu sempre via naquela disputa uma questão ideológica, de alma mesmo, isso sempre me fascinou – eu, roqueiro, que sempre detonava boi, tinha um grande respeito pela devoção que os torcedores tinham por seus bois.
Então, mantive-me um Caprichoso convicto.
Até que algo aconteceu: David Assayag foi cantar no Caprichoso.
Acabou a magia. Explicando:
– David Assayag, penso, é o maior cantor de boi que existe, o melhor absoluto;
– Mas tudo aquilo que eu pensava, que boi era questão da alma parintinense, foi pro espaço, afinal, nada nem ninguém personifica mais o Garantido do que David Assayag;
– Já achei grave ele querer ir pro Caprichoso, mas achei MUITO MAIS GRAVE o Caprichoso recebê-lo!
-Aí, aquilo que era algo ideológico, de alma, se mostrou, ao menos pra mim, algo baseado em dinheiro, oportunidade, momento, conveniência, sei lá, por aí… – acabou a magia.
Foi uma espécie de traição com a devoção dos torcedores, com a confiança que todos tínhamos no Festival, na disputa.
Então, sou Caprichoso, mas não me faz mais diferença quem ganhe…