Convenhamos três coisas:
1 – Brasileiro não está acostumado a controlar finanças pessoais;
2 – Quando controle, raramente usa algum software pra isso;
3 – Quando usa, são os norte-americanos, que nos brasil só funcionam no modo “Manual”, sem contato online com os programas seja para baixar ou efetuar operações, como são lá nos Estados Unidos.
O melhor programa de controle financeiro pessoal que já existiu chama-se Money, da Microsoft. O uso desde 1997. Sempre achava o máximo as atualizações; passei pelas diversas fases do software, inclusive a famosa versão em português, que foi fabricada em 1997. Funcionava de forma bem legal. Todos os usuários do Money acabavam ficando moldados ao mesmo, por ter relatórios absolutamente fantásticos, facilmente customizáveis; os lançamentos são dinâmicos, quase que adivinhando o que estamos pensando, perfeito.
O concorrente direto do Money era o Quicken, que chegou a ter, em 1997, inclusive uma versão em português, fabricado pela Intuit, mas foi descontinuado. O Quicken tem a vantagem de ser atual, ser atualizado ano a ano, o que nos estimula a continuar usando-o divertidamente (porque sempre ficávamos na expectativa sobre o que a nova versão traria de novo), agregando esta função ao controle das finanças, mas e feito par ao mercado norte-americano e só funciona direito lá, tanto que a versão móvel, applet (que permitiria inclusive fazer os lançamentos sem precisar acessar o programa do computador), é bloqueado para mercados não-norte-americanos.
Mas, infelizmente, o Money foi descontinudo em 2011. Desde lá só tem a versão “Deluxe Sunset”, não mais sendo atualizado. Mas continua sendo perfeito, sem o atrativo de ser atualizado… mas ainda perfeito! (O Quicken é mais bonito e tem mais funções, mas o Money é mais simples e intuitivo).
Houve uma época, no fim dos anos 90, em que o Bradesco e Banco do Brasil até disponibilizavam extratos em formato para o Money e o Quicken, sério!
Mas… e as planilhas Excel pré-formatadas que tanto vemos nas rede para baixar? Nâo funciona? Bem… só funciona para quem nunca teve contato com o Microsoft Money em seus áureos tempos, pois a gama de facilidades que ele apresentava faz com que achemos ridícula qualquer planilha de excel.
Tem uma tal de Controle Financeiro (tal não,, porque até sou assinante dele), um soft com plataforma web. É legalzinho (não mais que isso), bem intuitivo, mas é lento e dependente de internet para funcionar; e tem um lance meio idiota: ter uma conta caixa (dinheiro) é, para o programa ter uma conta… bancária! Eu até entenderia se fosse uma onta estoque, já que é montante de dinheiro, mas ele trata idiotamente como uma conta bancária, o que leva à seguinte leseira: possibilidade de ficar com saldo negativo. Como? É dinheiro, caramba! Já se viu dinheiro em espécie ter saldo negativo?
Aqueles do Finance, em português? Ruim, muito ruim (já o tive, chega chegou o DVD em uma caixa até bem bonita), para quem já usou o maravilhoso Money. É que o Finance, assim como todos os outros, insiste em trabalhar com entrada direta com duas colunas, como contabilidade mesmo, e sabemos bem que na nossa vida real não lidamos direta e diariamente com colunas débito/crédito, ativo/passivo (deve ser programa desenvolvido por contadores e não por financistas, só pode!). O Money e o Quicken já trata cada conta como originalmente e inteligentemente como entrada ou saída, conforme foram configurada cada uma
Testei um monte de outros, incluindo o MoneyDance, que tem a virtude de existir para plataforma Mac, Windows e Linux, mas nem chega perto ao Money.
Sim, o Money da Microsoft: ainda o melhor.
“Houve uma época, no fim dos anos 90, em que o Bradesco e Banco do Brasil até disponibilizavam extratos em formato para o Money e o Quicken, sério!”
Os bancos fazem isso até hoje. É possivel importar os extratos em formato OFX ou ODS, ou em CSV e convertê-los.
O Quicken está um pouco envelhecido diante dos concorrentes atuais, mas continua existindo, sob novos donos. Na verdade, ele arrasou o Money no mercado americano já nos anos 90, e a Microsoft praticamente abandonou o Money em 2009.