Estava eu com a minha consorte assistindo a um filme no Cinépolis quando passa o teser do “Roger Waters The Wall”, um filme novo do Roger. Só teria um aúnica exibição aqui em Manaus.
Nesse dia, eu estava aplicando prova na Uninorte (seria 20h) e não pude ir. Achei uma pena, profundamente, pois teria a mesma experi~encia de “assistir a um show” no cinema, como quando com o “Led Zeppelin – Celebration Day”. E queria levar a consorte comigo, pra ela ver e esutar, definitivamente, do que eu gosto. Nada.
Ontem estive andando lá pelo Manauara e vej o para vender o DVD e o CD, comprei-os. Nunca seria a mesma coisa de assistir no cinema, mas foi o que consegui. Adorei, vou escrever sobre.
Bem, o “The Wall”, primeiro:
Preciso começar falando o “Pink Floyd The Wall”, que foi onde tudo começou. É um daqueles discos que marcam porque representam um momento na vida. Sempre que escuto esse disco lembro de festa de família, eu criança, junto com primos, e três deles: Fabiano, Fabrício e George, escutando o “The Wall” cantando a letra, cheguei perto e vi aquilo udo lá com letras escritas de caneta, o disco que escutavam já estava com a capa detonada de tão escutado” – Aquela cena me é vívida até hoje.
Depois lembro que em outra festa de família esses mesmos primos assistiam ao filme “The Wall”. Um deles dizendo “Porque ´Pink Floyd´se a banda nem aparece aí?” – “Mas o nome do cara é ´Pink´, pow!”, dizia outro.
Em 1989 comprei meu primeiro CD, duplo, na Amazom, e era justamente o Pink Floyd The Wall. Meu irmão me falava enquanto eu ouvia o CD no Player Phillips (até então o único e primeiro toca-CD à venda no Brasil): “Esse CD só tem uma música conhecida!” (Se referia ao “Another Birck in the wall”, que estava tocando).
Em 1992 comprei o LDV “Roger Waters The Wall”, que ele gravou em Berlin, com a participação de vários outros músicos.
Comprei o “The Wall” remaster em 1994, quando saiu em uma box.
Em 2009, comprei na Bemol o lançamento do show original de 1979, o “Pink Floyd The Wall Live”.
No livro-biografia do Pink Floyd, contam que essa turnê deu prejuízo, e o único que ganhou dinheiro foi o tecladista, que tinha sido expulso da banda e participou como músico contratado nos shows.
Em 2013 comprei o DVD do filme, e assisti-o na casa dos meus pais, é um daqueles “momento domingo à noite” que ficam para a eternidade.
Em 2015 comprei o CD remaster digipack do The Wall, onde agora as letras da capa no muro eram vermelhas e não pretas. Foi a primeira vez que escutei-o inteiro, mesmo quase 25 após eu ter comprado aquele primeiro CD na Amacom.
O Conceito do disco “The Wall” é a guerra, mais especificamente sobre os que morreram na guerra, e mais especificamente ainda era a exteriorização dos demônios de Roger Waters pela perda do pai na Segunda Guerra. Perda essa que geraria em 1983 ó último disco de estúdio do “Pink Floyd, Pink Floyd Mesmo”, a saber, o “The Final Cut” – Quanto à temática, uma clara continuação do “The Wall”.
Noto uma verdadeira obsessão do Roger Waters por essa obra, tando que de tempos em tempos à reedita sob um novo formato, fica claro que ainda não resolveu com ele mesmo a morte do pai na guerra.
Um dia, não nesse post, escrevo sobre minha impressão música-a-música da obra.
Agora, o CD:
A voz do Roger parece não ter envelhecido. Diferentemente dos outros roqueiros dinossauros, ele não perdeu o sustain nem o timbre. O disco ao vivo não está com som de funda da platéia enchendo o saco no meio das músicas, de forma que parece de estúdio mesmo. Após a “Another Brick in the Wall II” tem uma extensão, que quando fui checar na capa, era uma balada para Jean Charles.
O DVD:
Trata-se do show do “The Wall” executado na França e, pelo que pude perceber, foi grandioso. Tem intervalos onde Roger Waters visita de novo suas memórias referentes ao pai morto na guerra. Ele vai à sepultura do pai (levando a família inclusive), lê a carta onde mencionaram sua morte, e tudo sobre.
É um filme para fãz, tenho certeza que minha consorte teria dormido se tivesse ido assistir comigo.
para quem não conhece o conceito do “The Wall”, não tem um mínimo de conhecimento sobre a biografia da banda e de Roger Waters, as cenas entre as músicas do show seriam chatas e arrastadas – para os que conhecem tudo isso, é o máximo.