Quando toca músicas atuais, dessas que normalmente nunca ouvi, me deixa assustado quando vejo que a nova geração a canta inteira.
Em qual momento eu me desconectei da realidade e perdi o contato com o cenário musical atual? Acabei me tornando um dos da dupla “Wood e Stock” do Angeli, aqueles dois velhos que ainda estão no mundo do Festival de 1969 (é a imagem que ilustra esse post).
Não bastasse dia desse eu ficar chocado com o fato de não haver UM aluno em sala que conhecesse a música”Eu não matei Joana D´Arc” (do Camisa de Vênus), ainda e assusto em ver que não conheço quase nada do que está estourado nas paradas.
E, para completar, em outra sala, um aluno mais velho me disse: “Que goste de rock nessa, sala professor, só eu e o senhor, o resto nem escuta mais isso”.
E vejo que o que chamam de “sertanejo”, sequer o é. É puro rock mesmo, mas como parece que foi surgindo um preconceito em volta do gênero (até a palavra “gênero” agora está com o sentido distorcido), ser roqueiro não é mais a imagem do “pra frentex” rebelde e descolado, mas sim ua figura daquele álbum já cheio e esquecido na estante.
Bem, definitivamente fiquei no passado, então, me tornei o que mais temia: um dinossauro.
Sou da nova geração mas me esforço pra ser um “dinossauro”. Além da popularidade com os colegas não se perde nada deixando de ouvir as musicas atuais