“Posso piratear seu livro, Marco Evangelista?”

Pode. Não deve. Mas quem sou eu para impedir?

Apenas não deixe eu ver; é pedir muito?

Não serei eu a ser baluarte anti-pirataria, tenho um monte de livros em PDF aqui e meia toneladas de MP3, mas teria a hombridade e inteligência de jamais mostrar isso para os respectivos autores.

Quando gosto do que escuto e leio, compro o original. Se o livro é de amigo meu então, posso até não ler, mas faço questão de ter a obra comigo.

Não quero exportar meus hábitos, só quero externar que é uma sensação estranha ver a própria obra pirateada.

Já me aconteceu quatro vezes. Alguém (dois alunos e das alunas, em faculs diferentes) sentados na frete da minha mesa com xerox do livro inteiro! – Por algum motivo que talvez só Freud explique lembramos pra sempre dos rostos dessas pessoas como nunca esquecemos o rosto de um meliante quando somos vítimas de algo.

Se for livro que não existe mais à venda, tudo bem! (Tenho dois títulos esgotados e ainda não reeditados) – até porque a cópia será mesmo o único meio de se tornar dono daquele conteúdo. Até cópias já autografei desses livros, sem problema algum. Mas… livro que pode ser comprado? E que tem em edição eletrônica (e-Book) baratinho?

Se pelo menos, ainda nesses casos (de livros a venda na praça e na Amazon), fosse cópia do capítulo que estamos estudando, ainda assim vá lá. Mas… tirar cópia do livro inteiro? Pow!

Uma dia, em algum momento, se eu não estiver vinculado contratualmente em algum ambiente acadêmico, qualquer deles me pedir carta de recomendação para Mestrado, ou qualquer coisa em que eu possa ser útil, a resposta estará prá-dada.

Resumindo e repetindo: Não quero dinheiro de sangue de ninguém, copie minha obra; inteira, se quiser; apenas não me deixe ver.

É pedir muito?


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