Ao assistirmos ao filme-show ‘The Songs Remais the Same” (que, pasmem, no Brasil ganhou a “tradução” de “Rock é Rock mesmo!”) do Led Zeppelin, algo nos salta aos olhos: o palco está vazio, só a plataforma e eles, nem sequer fundo de palco está lá. Nada de mais firulas visuais.
Realmente gosto assim pois fica a banda pela banda, só musica e performance, sem qualquer outro elemento para desviar a atenção.
Mostra à plateia que a banda foi lá para tocar e não para se exibir visualmente, e deixa uma imagem que o palco está sendo o suporte da banda… e não o contrário.
Ok, em tudo há exceção e aqui não será diferente. O cenário do Iron Maiden no show “Live After Death” integrou-se à música e à banda, sendo um conjunto coerente: aquele Ed surgido lá atrás com os olhos de fogo á inesquecível (como o ursinho Misha das olimpíadas de 1980) – Mas note o detalhe aqui: Qual era a música que estava tocando durante essas cenas mesmo?… Pois é, essa é a linha tênue quando se mistura elementos visuais no palco ao ponto de concorrer com o que está sendo tocado.
Na TV aprendemos que o apresentador não pode chamar mais atenção do que a notícia, então, fico até assustado quando eu vejo esses gêneros musicais que colocam bailarinos no palco… ué? O que é isso?
Quando iniciei o meu canal do youtube, o cenário era bem cheio, com vários desvios visuais. Eu achava que aquilo melhoraria a performance: não!
Aprendo com o Led Zeppelin, Beatles, Deep Purple e Yes: No palco, o menos é mais.