Era 1999, eu passava um momento muito ruim. Uma empresa de família incursionou em dificuldade econômica, levando meu rendimento e padrão de vida junto. Eu acabara de me formar em direito, como nunca quis advogar, iniciei na profissão de causídico por necessidade e sem qualquer experiência ou estágio – não precisa dizer que ganhei pouco ou quase nada na aventura.
Queria ocupar minha mente com algo que não fosse problema; e me dar ao menos a ilusão de que aquilo seria passageiro e teria solução.
Sempre que eu passava na Rua Itacoatiara, na Cachoeirinha, eu via uma capela muito simpática de “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias” – Já ouvira falar nessa igreja por causa de umas propagandas no SBT e um site de internet que visitara.
Entrei ali, fui extremamente bem recebido e acolhido. Me enturmei com as pessoas lá dentro. Não deu outra: logo eu estava ambientado e já tinha algo mas para pensar do que apenas problema.
Posso atestar que independente de qualquer crença ou verdade religiosa sobre existência desta ou aquela divindade, a congregação em volta de um credo é alívio para qualquer problema. Não é à toa que pessoas no fundo do poço busca alguma congregação: é a ação do desespero.
Ora, se tal igreja lhe traz tanto benefício – e traz! – é absolutamente justo que você entre no rateio das despesa de manutenção do local e da atuação das pessoas envolvidas.
Não há nada – nada – que justifique você fruir das instalações e serviços de sua congregação de forma gratuita. Dinheiro não dá em árvore.
Por isso, é absolutamente imperativo que você pague sua contribuição, tenha ela o nome que for: oferta, dízimo, óbulo, corrente ou seja o que for; sob pena agir desonestamente com todos os outros membros da congregação.
Lembre: sua igreja tem contas a pagar como qualquer empreendimento, ou você acha que água, luz e telefone será pago por algum anjo?