Tá, professor tem algo se santificado, além que vemos no Olimpo por saber – em tese – mais do que nós mas, sejamos sinceros: nem todos são iguais, uns são melhores ou, se forem iguais, uns são iguais-melhores (inventei isso agora).
Pelo que percebi ao longo da vida, são quatro os níveis desses seres:
O quarto nível – O basicão – Formaram a quase-totalidade dos professores que tive – daqueles que só lembramos quando vemos o histórico “Ah, nem lembrava desse cidadão”. É aquele que só despeja a matéria, cumpre o programa e só. Nesse nível, até um retardado consegue “dar aula” – é o famoso “só sabe pra ele”. Ficamos perguntando como aquilo ali consegue se manter, ou é amigo de alguém, ou é inteligente, embora incompetente, e conseguiu passar no concurso, ou simplesmente mentiu na entrevista de contratação e agora tá lá de fanfarrão…
O terceiro nível – O legalzinho – Aqui o cara até consegue explicar. Nada será memorável, mas ao menos se aprende, na minha época de faculdade, já poderíamos nos dar por satisfeitos e felizes se encontrássemos algum professor assim.;
O segundo nível – O Top – As pessoas conseguem entender o que ele explica e gostam da aula . Alunos gostam, querem de novo no próximo período, onde encontram se dizem com saudade das aulas. Alunos lamentam terem faltado a aula por ter perdido a “aula de fulano”, já é acima da média, embora não seja nada realmente excepcional.
Primeiro nível – O Master – O professor se torna inesquecível, independente até das próprias aulas. É onde quero chegar um dia. Tem sua marca própria independente da matéria ou da instituição em que esteja. Tive a sorte de ter alguns professores assim, posso citar Nasser Abrahim Nasser como um de poucos em que conheci com esse dom. Sempre achei que professor que se preze tem que ser um entertainer, um show-man, que consiga, com sua performance, passar a matéria, envolvendo razão e emoção e conseguindo ficar fixado na mente da plateia.
Em qual tipo me enquadro? Acho que estou saindo do segundo para o terceiro nível – também, depois de 12 anos de chão de sala…