Ontem, terça de carnaval, escrevi sobre quando estivemos otimistas com o país, hoje, quarta de cinzas, vamos aos momentos de pessimismo. De novo, escreverei sobre os que vi e vivi:
1981 – Foi quando percebi que havia um clima down total, só anos depois eu sabeia que já era um rescaldo de uma crise mundial que começara em 1977 com a segunda crise do petróleo, e atingira o Brasil já no final dos 70´s. Como Brasil vinha de um ongo tempo de crescimento e euforia, foi a primeira crise dos “tempos modernos” ( anterior, que eu não vivi mas pesquisei, tinha sido a de 1963). Minha geração era apresentada ao Brasil real, onde as primeiras notícias dos telejornais sempre era negativa sobre algo;
1987 – 1990 – Até agora, acho que foi a pior das crises. Nenhum plano econômico dava certo, a inflação era coisa do passado, pois surgira a hiperinflação. Não tínhamos mais moeda ou parâmetro para nada, um saquinho de pipoca custava 800 cruzados novos, uma semana depois, já estava 1500. Teve dois congelamentos de preço que trouxeram dois efeitos: sumiram mercadorias nos supermercados, e começaram a surgir produtos “novos” para burlar o tabelamento. O mundo se perguntava como o Brasil conseguia viver assim e até enviavam observadores para entenderem como era a vida na hiperinflação; até o presidente arregou: Sarney abriu mão de um ano do mandato para se livrar logo do abacaxi;
1991 – Foi uma crise rápida mas difícil. Depois da balela do Collor “Temos apenas uma bala na agulha; é vencer ou vencer!”, confiscou a poupança, o dinheiro sumiu do mercado, quase houve até deflação imediata, mas surgiu um clima de pessimismo, um anticlímax depois das primeiras eleições diretas em décadas. ninguém se arriscava a fazer plano algum. Só vivíamos um dia após o outro para ver onde aquilo ia parar. E enquanto o país afundava, o Presidente surgia na TV diariamente andando de Jet-Sky, helicóptero, correndo, uma comédia…
1997-2000 – A euforia do Plano Real passara, a inflação estava controlada, mas começou a haver inflação reprimida. uns bancos começaram a quebrar e se fundir, e o crédito simplesmente sumiu ou ficou caríssimo. A economia quase parou. O PT insuflava um clima de pessimismo, com todo dia surgindo com algum factóide e batendo forte no governo FHC. Funcionou, tanto que assumiram o Poder depois.
2010 até o presente – Terminada a lua de mel do PT com os brasileiros, começaram a surgir denúncias de corrupção de todo lado (começou com o mensalão, está na Petrobrás, e já se falam em outras). Dilma conseguiu a reeleição mas já sabíamos que seria difícil, e estamos desnorteados e perplexos; “anestesiados” também. Esperando para ver onde e quando essa bomba estoura. Vários endinheirados estão deixando o país indo morar fora. O Brasil desce a ladeira, o PT caiu no descrédito, e não sabemos em quem ou no que acreditar.