Em 2009 eu estourei um dos joelhos correndo. Para aguentar a dor, fiquei tomando anti-inflamatório como se fosse água. O médico se irritou “Como assim duas semanas direto tomando anti-inflamatório? Você sabe o que pode sofrer de efeito colateral com isso?!” – Eu não sabia. Estava cometendo o erro de usar algo paliativo como tratamento.
Assim é o Bolsa-Família.
É ótimo e necessário para não deixar um miserável (no real sentido da palavra) morrer de fome. É algo paliativo, uma solução de choque para uma situação de emergência.
Até para a Economia, é bom, por ser um ótimo mecanismo de redistribuição de renda.
Mas para por aí.
O problema é quando o Bolsa-Família vira motivo para quem não trabalha, assim continue – o medo de aumentar de rendimento e sair dos beneficiados faz, simplesmente, os destinatários não quererem trabalha (já ouvi isso diretamente de um, não estou especulando).
É como a história do seguro-desemprego: em 2001 eu estava atuando na admissão de um novo funcionário para uma empresa nossa, quando ouvi: “não posso ter a carteira assinada até junho, senão perco o seguro-desemprego” – Pow! O cara em uma frase só me disse que ele é desonesto e preguiçoso.
Não bastasse isso, eu, particularmente, vejo o bolsa-família, também, como o maior caça-votos já existente na história – e funciona.
Soluções:
– Bolsa-Família deve ser impreterivelmente temporário;
– Deve haver fiscalização constante (e não apenas periódica) das condições para o recebimento; e
– Estar atrelada a algum treinamento obrigatório para alguma profissão.
Penso que, assim, esse mecanismo passa a ser uma solução, e não uma monstruosidade – como o é atualmente.