Eis minha vigésima quinta guitarra: a “Noyellow”.
Tem uma história bem marcante antes mesmo de eu tê-la comprado:
Era dezembro de 2014, eu tinha acabado de ter a ideia de montar a Noiantes, a banda de rock.
Fui passear na Theodoro Sampaio, a rua das lojas de instrumentos, procurava uma guitarra específica, que tivesse Floyd Rose, uma tipo “shread” (comprei-a em Manaus depois, mas isso é uma outra história).
Entrei e uma loja e lá estava um cliente testando uma guitarra amarela, Epiphone, modelo “Slash Les Paul”.
Era mais fina e delicada que a Gibson, muito bonitinha e um som… realmente legal!
Mas não gostei do preço: 1.500. Mais do que eu planejava gastar (e eu pensei que em SP encontraria guitarras ais baratas que em Manaus!).
Então, a ideia da Noiantes e a visão dessa guitarra nasceram juntas. Era com ela que eu me imaginava tocando nos ensaios e shows da então futura banda.
Em outra loja eu vi uma outra Epiphone, de modelo parecido, vermelha, não tão atraente e sem todos os recursos da amarela. Era usada, bem mais barata e o lojista ainda me deu um desconto para comprá-la à vista, comprei-a; era a “RedSampa”. O post sobre ela está AQUI, e essa, a “RedSampa”, ficou sendo a guitarra que marcou a criação da Noiantes.
Assim que voltei para Manaus, fui em uma loja de instrumentos no Educandos, e a primeira guitarra que vejo é a Epiphone Amarela, aquela lá que vi em SP e não comprei, parecia que ela dizia (era EU que você devia ter comprado!), depois a vi em outra loja, na C.Borges (lá estava ela me assombrando de novo!). Mas como eu já tinha comprado a RedSampa, decidi esquecê-la.
Sim, a maldita frase “Por que eu não a comprei” vez em quando voltava.
Comecei a Noiantes, usei a RedSampa em vários ensaio,e eu vez em quando lembrava da amarela, que DEVIA ser ela…
Cinco anos depois, a Noiantes teve várias formações, gravamos o CD, 23 músicas, 4 shows, mas a banda ainda não decolou.
Chegou então dezembro de 2019… eu estou passando na frente da C.Borges do Manauara e o que eu vejo? Lá estava ela, de novo…a Epiphone Amarela modelo “Slash Les Paul”!
A mensagem que ela pareceu me passar foi: “Essa é a sua segunda chance! Da primeiro você não me comprou e você viu o que houve com a Noiantes… Agora eu estou aqui de novo, sou EU que você quer! Faça as pazes com o início da Noiantes!”
Não pensei duas vezes, comecei a ver os meios ($) para comprá-la.
Quarta passada, finalmente, a comprei! Paguei um conto e quatrocentos nela.
Faltava o nome. Alfinal, porque “Noyellow”?
1 – Em 2017 eu e minha consorte adotamos um gato, como eu só o tinha visto antes em lugares escuros do prédio de apartamentos em que ela morava e me pareceu que ele era amarelo, e o primeiro nome dele foi “Yellow”.
2 – Depois, o vendo no claro, vi que ele não era amarelo, mais cinza misturado com branco, cinza e amarelo. Então, mudamos o nome dele para “Fanildo”.
3 – Assim que comprei a Epiphone fiquei pensando em um nome para ela, lembrei que ela é… amarela! Daria para aproveitar o nome que foi do Fanildo por dois dias. E ela foi motivada pela pela Noiantes.
Bem, bastou juntar “Noiantes” e “Yellow”…Simples assim.
Na parte técnica, fora ter um prático afinador integrado ao captador, a Noyellow não tem nada de especial. É de fabricação chinesa, braço com mogno e corpo em “basswood” (péssima madeira, quase um compensado melhorado), seletor de 3 posições, dois captadores e 22 trastes. Braço largo e de pegada horrível, cada confortável de tocar. Portanto, tem mais valor emocional do que prático. Ah, tem algo realente bom: é bem leve! (a coluna agradece).
Bem, se você assistir a algum show da Noiantes, certamente em algumas músicas eu estarei tocando com a Noyellow”.
The Guittar man