É uma configuração do rock onde:
- A ênfase é dada ao instrumental, muito mais do que na letra; está por vezes é utilizada só para que possa haver alguma parte vocal na melodia;
- Não possui a estrutura clássica introdução-quadra-refrã-ponte-refrão ; é formada por frases e blocos que não mantém uma conexão cíclica, é algo linear, e por isso é chamado de progressivo;
- Não tem compromisso com a curta duração da peça, pois busca o emocional e transcendental, sem compromisso com a racionalidade da harmonia ou melodia (quanto ao ritmo sim, há alguma racionalidade);
O progressivo teve seu início no fim dos anos 60, quando a psicodelia ficou encurralada, sem saber se voltaria ao rock ou continuaria em sua vertente maluca, surgia a “terceira via”, que permitia se manter a loucura, mas sem a estrutura do rock até então;
O rock progressivo começou a definhar como moda lá por 1976, sendo quase enterrado pelo punk e disco música. Continua a existir até hoje, mas não mais como “música de rádio” como já o foi, mas sim no gosto dos adeptos de tais viagens – eu, por exemplo, sou grande apreciador.
Quase todas as bandas de rock ativas naquele momento – algumas brasileiras, inclusive – tiveram alguma fase, disco, ou pelo menos alguma música em estilo progressivo, entre 1969 e 1975, pode procurar.
Uma curiosidade do rock progressivo é que quem o escuta pela primeira vez, imediatamente se identifica ou não. Gosta de cara, ou odeia imediatamente. Não conheço alguém que virou fã de rock progressivo (não me refiro a “tolerar”) de tanto escutar ou porque resolver “ouvir com carinho de novo” alguma faixa.