Não, não é “café” não.
Nos últimos oito anos devo muito às cafeterias de shoppings, lá escrevi – em parte ou inteiro – quase todos meus livros. Obrigado Franz Café, Café do Ponto, Starbucks, Mollen, Pão e Companhia, Casa do Pão de Queijo, Kopenhagen e outros.
Ao ir em uma cafeteria de shopping, você busca pelo menos 3 coisas:
1 – Pausa da vida diária – dentre tantos compromissos, é nos cafés da vida, digo, dos shoppings que vemos a vida parando ainda que por alguns bons trinta minutos. Podemos transformar aquele tempinho em uma eternidade dentro do dia já que, em tese, ninguém vai nos incomodar quando estamos sentadinhos absortos ali. De quebra, ainda transformamos a mesa em nosso escritório instantâneo. Aquelas coisas que precisam ser cumpridas com prazo (geralmente já estourado) encontra no café o ambiente ideal para ser concluído;
2 – Wifi – Isso deve ser um grande prejuízo para os donos de cafeterias, já que veem suas mesas demorando mais tempo para ter rotatividade. Para garantir que eu não seja expulso com olhares dos atendentes, fico sempre mantendo alguma bebida pela metade ao lado do computador; “computador”, isso: usar wireless da cafeteria é o que há! Geralmente são rápidas e é o cybercafé (café literalmente) mais confortável que existe – ainda bem que ainda não estão cobrando à parte para usar o wifi. Por vezes e vezes paro no café e peço qualquer besteira pra beber só pra usar o wifi;
3 – Bebida – O principal motivo de existência da cafeteria acaba sendo, na prática, o último dos motivos pelo qual ficamos lá sentados. Convenhamos, se fôssemos na cafeteria beber café, simplesmente íamos no balcão, pedíamos, bebíamos e íamos embora, ora! Tanto é o “o de menos” que às vezes nem café bebemos, tomamos chá ou outra iguaria qualquer – por vezes bebo só água com gás, já que ataca brilhantemente o paladar, mantendo as ideias fluindo.