- Primeiro surge a ideia: “Vou fazer isso!” Logo seguido de motivos intuitivo para não fazê-lo e, finalmente, pela pergunta “por que não?” – A decisão está tomada;
- Os pensamentos sobre o tema começam a ser organizados;
- Tudo começa a ser escrito, em arquivos desconexos, em brainstorming, apenas se escreve, em todos os momentos, nada mais;
- Depois de alguma coisa escrita, se busca alguma coerência naquele monte de texto. Alguns ficam, outros saem. Nos que ficam, se coloca em alguma ordem lógica;
- Agora já se tem o primeiro corte. Se começa a burilar agora, fazendo as conexões de um texto com o outro, formando um todo;
- É nessa hora que o trabalho começa a ter uma “cara”. Então se começa a aparar as arestas, outros cortes surgem. Mudar palavras para que fique mais sério, sarcástico, agressivo ou irônico (neutralidade mata, e deve ficar apenas para trabalhos científicos acadêmicos, e que morra por lá);
- À essa altura, já estamos envolvidos pela obra.
- Tal envolvimento começa como algo longe, depois começamos a viver a própria obra diariamente, a ponto de dormirmos e acordarmos só pensando no texto.
- Já perto do fim retomamos as rédias, “essa obra é minha, não o contrário!”.
- Nos últimos momento, quando tudo começa a ser concluído, começamos a ficar tristes por termos que sair daquele estado de envolvimento.
- E, depois de tudo, ficamos meio que em desespero de ver tudo aquilo sair da nossa vida e poder ser acessível ao público. Éramos os únicos deuses daquilo tudo, podendo mudar qualquer coisa a qualquer hora. Agora será alvo do apreciações e críticas;
- As primeiras provas impressas, com capa, nos dão a certeza de que os últimos dois meses de pensamentos exclusivos naquilo não foram em vão, “algo” físico surgiu, a realidade foi transformada;
- O depois disso tudo é a gratificação, de vermos que gostaram de algo que, um dia, foi apenas uma vaga ideia nossa, um “Vou fazer isso!”.