É exatamente ISSO que penso quando escuto qualquer coisa parecida com “precisamos conversar”: BOMBA.
Qualquer coisa parecida com “precisamos conversar”, independente de quais palavras se use para expressar isso, é uma forma de dizer: estou tentando preparar você para para uma dinamite que irá explodir assim que você ouvir o que tenho a dizer”.
Comunicação ruim, pedido, consulta, reclamação ou crítica – seja o que for, mas algo bom não é. O lance é claro:
- se fosse ago com, não precisaria de tais reservas para ser dito; e
- Se fosse algo sem gravidade, ainda que ruim, poderia ser adiantado ao menos quanto ao assunto.
A versão não-intima, digamos “social” do “precisamos conversar” é uma das seguintes:
- “pode ir na minha sala depois” (típico da chefia)
- “preciso falar com você” (entre iguais, ou desconhecidos)
- “uma palavrinha?” (de um desconhecido)
e, claro, principalmente se vem de alguém de eventualmente situação inferior:
- “deixa eu te falar…” (olhando para baixo ou para o lado esquerdo)
Detalhe: em ambiente corporativo, toda reunião marcada sem pauta divulgada não deixa de ser um “precisamos conversar” também, só que a bomba é coletivizada.
Já discuti muito com uma ex que tinha mania de “depois precisamos conversar” ao invés de dizer de uma vez o que pretendia – o tempo que se passa entre o “precisamos conversar” e a bomba, digo, a conversa, é totalmente improdutivo, já que não conseguimos nos concentrar em nada, que não seja ficar imaginando o motivo da maldita frase.
Atualmente estou treinando para ler ou escutar um “precisamos conversar” sempre com um sorriso e ar de tranquilidade.
Vou conseguir, vou conseguir!