O estranho casarão da Efigênio Sales

Aquela casa… É impossível você não olhá-la quando passa, até porque ela olha para você.

Trata-se daquele casarão da Efigênio Salles, como que saído de uma capa do Black Sabbath, está lá imponentes sendo a imagem de algo assombrado – provavelmente é o quartel-general das almas penadas da cidade, se bem que acho que até elas tem medo de lá.

Mas, tanto quanto assustadora, é igualmente fascinante.

A casa não tem identidade – acidental ou propositalmente. Eu mesmo nunca encontrei nada sobre aquele local – haveria algum motivo sobrenatural para aquilo não habitar o inconsciente coletivo já que é tão suntuoso e está tão à vista? É o algo atual mais próximo do que foi o fórum do aleixo durante toda década de 80: um prédio misterioso onde os transeuntes se perguntam sobre aquilo.

O que funcionou ali? Eu já vi uma inscrição “Agrepo” no Muro, depois vi uma placa da Justiça Federal – até tempo atrás sequer o portão estava fechado, o que me deixava pensando quem ou o que frequentaria aquele lugar, agora o portão está trancado, o que não significa que esteja inabitado.

Engraçado que, como fica distante da rua, um desavisado passaria pela frente e não imagina que aquele casarão está lá, mas ao olhar para mais dentro do terro, o encontra, e desde isso jamais fica indiferente à sua imponência.

De uma mansão de algum milionário dos anos 70 a um refúgio medieval – tudo é possível que tenha tomado palco ali. Não é impossível se imaginar um ritual de bruxas dançando em círculo no gramado que fica em frente à casa.

Eu gostaria muito de saber o que é aquilo ali.

Alguém pode escrever sobre o que se trata?

 

7 thoughts on “O estranho casarão da Efigênio Sales

  1. Na década de 90 eu era criança e cheguei a frequentar o local com minha familia, meu pai era taxista e o local funcionou um tempo como uma espécie de clube da categoria. Lá eles desfrutavam momentos de lazer com música, futebol, churrasco e piscina. O local também era alugado para festas.

  2. Agremiação grêmio do porto de Manaus – Agrepo. Clube Social dos portuários que nos anos 80 quando ainda existia a PORTOBRAS, construiram o local com quadra e piscina para lazer de suas famílias. A Petrobràs, hoje extinta, disponibilizava ônibus, em rotas, todos os domingos as 7h, com retorno às 17h para seus funcionários.
    Passei os domingos de minha infância no clube.
    Ah e o casarão era a pista de dança, com palco para as bandas e restaurante, atrás dele tem outra casa, do caseiro, na entrada é campo de futebol de areia.
    Lembrei do meu pai que era portuário e eu uma pirralha que ficava torrada de sol, com bucho brilhando de tanto peixe assado.
    Bons tempos!

  3. Era do Porto de Manaus. Meu pai era estivador do Porto e me levava sempre la. Ótimo clube, piscinas , restaurantes ,musicas ao vivo. Pena que acabou .

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