O alvo fácil

Em 2007, eu estava há um ano com o livro “Direito Civil sem estresse!” na praça, às vésperas do lançamento do segundo livro (que foi um desastre, aliás), o “Organização Judiciária”.

Na época eu aparecia em programas de TV, como o “Literatura em Foco” e o “A Voz do Povo” (neste último, fiz umas quatro inserções), dava entrevista em rádios, enfim, estava em evidência. Naquele momento eu ministrava aula já em três faculdades, ouvia ou lia (no MSN) rumores de um ou outro ser do alunado me detonando gratuitamente em sala e corredores; sobre isso, escrevi um texto que nunca viu a luz – eu o publicaria em futuro livro sobre a vida de professor. O irônico é que o livro eu publiquei (é esse aqui), mas deixei o texto de fora, nem lembrei que ele estava em um arquivo perdido.

Hoje, oito anos depois; com todos os alunos daquela época já tendo concluído o curso (eu acho), e sendo mais um post rumo ao meu milésimo deste blog, resolvi publicá-lo:

“Sou um alvo fácil.

Seja por já ter muitos ex-alunos (3 anos de cátedra), por ser professor em tantas faculdades simultaneamente, ou por estar na mídia, já não sou tão “ilustre desconhecido” na comunidade acadêmica. Isso me torna para-raio de coisas boas… e ruins.

Você, como eu, conheceu pessoas que simplesmente não gostou, não foi com a cara, “o santo não bateu” – acontece.

Por qualquer motivo, posso representar uma ameaça para alguém, que não goste de ver a atenção em volta para algo/alguém além de si – acontece.

Sou unanimidade não – longe disso – aqui e ali tem alguém do alunado que simplesmente não vai com a minha cara e ponto – acontece.

O que não deveria acontecer é tais seres bradarem a plenos-pulmões que o Marco é uma fraude, um que-só-que-aparecer e que nada sabe, um enrolão, um debilóide metido, dentre quinhentos outros adjetivos não-carinhosos. Problemas internos não se resolvem atirando larva vulcânica em volta – psicólogos, psicanalistas, psiquiatras, terapeutas sexuais e de casais existem para isso.

A parte boa de tais perdedores saíram atacando quem lhes “ameaça o espaço” perante todos, é que, por via torta, já deixa avisado que são indignos de qualquer confiança, pois se queimam alguém na surdina, quem escuta já sabe que pode ser o próximo a ter o tapete puxado por aquele ser mal-nascido.

Bem, eu não sei concretamente se sou alvo atual de algum discente doloso, nunca chequei rumores – se for, a parte boa é que ao menos sou lembrado ainda que estando longe – já que lancei o primeiro livro há um ano, a parte ruim é que quem escuta pode acreditar na criatura e já pré-conceber um Marco detestável sem nem tê-lo conhecido (e se isso representar livros vendidos a menos, isso é mal, muito mal) – vai que eu resolva continuar sendo professor e alguma futura turma já me receba com negatividade pré-concebida, por aí…

Aliás, acho que isso tudo dá letra de um rockzinho legal – se um dia eu o compuser, aviso no encarte do CD que surgiu a partir dessas linhas.”

(Acima: Eu em 2007)

 

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