O direito ao “NÃO”

Vez ou outra ressurge das cinzas alguma moça das antigas. Aquelas de décadas, dizendo que “está com saudades”, que “o tempo me fez bem”, que isso que aquilo…; geralmente foi alguma daquelas que eu cerquei, cantei, dei em cima, puxei papo de todo jeito…e nada, fui alvo da ignorância total…

Até aí ok, ninguém é obrigado a gostar de ninguém.

O problema é que eu não recebia um “não”. Recebia silêncio. E isso é o pior.

Ser ignorado é ser nada, receber “não” é ser alguém, que foi notado… ao menos para ser indesejado!

Essas moças do passado vai ver lembraram de mim porque escutaram alguma música da Noiantes, viram o CD por aí, me assistiram na TV, no Youtube, leram algo do blog, estiveram em alguma sala onde fui professor ou acessaram meus livros.

Aí, milagrosamente, lembraram do ser ignorado de anos antes.

Não que eu seja qualquer coisa de apreciável, mas vez ou outra surge mulheres me cercando; se eu não tiver interesse, de forma expressa ou tácita (geralmente é tácita, demonstrada), digo “não”, Até porque eu sei bem (e já experimentei isso na prática) que a moça pouco ou nada interessante de hoje pode ser a maravilhosa e absolutamente atraente de amanhã.

Se tem algo que não faço, e tratá-las como inexistentes, quando não tenho interesse.

Já estive, portanto, dos dois lados do “não”.

Ah, sim, já foi cantado por alguma moça da história que me disse “não” (e um “não” bem direto mesmo). Nenhuma aproximação houve, mas tenho essa moça em grande conta, meu “não” (foi um “não” não tão direto, mas um “não”) foi hoje, sei lá o amanhã (embora eu ache que vai ser definitivo).

Então, anote, moça: receber “não” também é direito de qualquer homem que se aproxime de você, ser ignorado é não ser sequer algo a merecer o não.

Menina, se eu direcionei você a esse post, é porque você foi uma das que sequer me deu “não” em algum lugar do passado – entenda esse post como o meu “não”.

Sigamos a vida.

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