Você tem algum ritual idiota, que só você tem e que não faça sentido mais para ninguém?
Eu tenho um: a cada “Feira da Bondade” (ou, atualmente, a cada “Barraca do Bixiga”), fico uns minutos sentados em um banco que fica na praça interna do Sesi, no canto.
Desde 1983 vou todos os anos e me sento nesse banco, excetuando o ano de 1986, onde a Feira da Bondade foi em outro local, lá se vão trinta anos.
Posso chama-lo de “banco da reflexão”, já que nos poucos minutos em que lá estou:
– faço o balanço do ano que passou;
– comparo as metas definidas com os resultados alcançados;
– faço novas metas para o próximo ano, quando estarei lá sentado apurando os resultados.
Em alguns anos me levanto muito feliz, por ter cumprido as metas, algumas vezes, até, superando-as. Alguns anos fico triste por não ter chegado onde quis.
Independente de fazer o balanço das metas, penso em como eu estava em anos anteriores, naquele mesmo lugar.
Esse é meu ritual do “banco da reflexão”; ele era originalmente era cinza, concreto à visa, depois foi pintado de azul, como está atualmente.