O antigo não nos leva àquele momento (nem tente)

Dia desses fui reassistir a um episódio da série “Chips”.
Chips é uma série que passava no SBT lá por 1980 e 1981. Eu era fã, não perdia um episódio. Passava logo depois do “Show de Calouros”, na segunda feira um dos temas das rodas de conversas no Ida Nelson (ao menos na minha sala) era o episódio “de ontem” do Chips).
Em algum momento, virou mania.
Até certa vez um dos dois atores veio ao Brasil, apareceu no Silvio Santos e, na minha festa de aniversário de 1982, um dos presentes que ganhei foi justamente um capacete Chips. Eu não pedi tal presente, mas tal era a mania nas crianças que quem me presentou com aquele capacete sabia muito bem que eu gostaria, porque qualquer garoto gostaria.
Mas o tema do post é eu ter reassistido a alguns episódios.
Lógico que fui com sede ao pote. Mais de 40 anos depois eu assistiria a primeira das sérias das quais me aficcionei.
Mas… não veio o barato. Não veio a empolgação.
Não veio o revival, nem a nostalgia veio…
Será que é um dos sintomas de chegar ao meio século de existência?
Embora eu já soubesse e já tendo lido sobre, pude constatar: O que buscamos quando revisitamos algo que gostamos no passado não é o algo, mas sim o conjunto de sensações que tivemos ou tínhamos quando aquilo tudo aconteceu.
Mas, como não mais estamos no passado… não é a mesma coisa.
Ao contrário, talvez até olhemos algo com senso crítico e a magia, que até então existia, some.
Ih, complicou, porque estou planejando reassistir à série Anos Incríveis, que muito me prendia, será que também ficará sem a magia de quando à assisti há três décadas?

1 thought on “O antigo não nos leva àquele momento (nem tente)

  1. Não recordo quem disse algo como: “Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio… pois na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tão pouco o homem!”. Acho que seria mais ou menos esse contexto, por aí vai 🙂

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