Nos anos 90 “não existia” Vade Mecum de direito…

Pelo menos não esses de levar para a faculdade. Isso é coisa de 2000 pra cá.

Nos 90’s, não víamos para vender e, se existia, ninguém comprava; esses Vade Mecuns (livrão com leis).

Na faculdade nos virávamos com aqueles Códigos e legislação da Saraiva, tudo separado, vivíamos à volta com a Constituição (azulzinha, meio cinza) ao Civil, pretão – Isso quando não levávamos aquele azul claro do Negrão.

Nosso “Vade Mecum” era assim. Tínhamos os códigos em casa, a depender das aulas daquele dia, levávamos os códigos que precisava; os que tinham carro levavam a vantagem de já ter sua biblioteca de códigos à mão.

 

Só no início dos 2000’s é que se percebeu o óbvio, e o Vade Mecum do Acquaviva começou a vender como água me deserto, e se deixou de levar os codigozinhos “levinhos” para a faculdade.

Naquela época certa vez perguntei ao meu amigo Darlan: “- Darlan tem um Código Penal aí?” (naquele dia, fizeram uma mudança de professor de última hora) ; “- Rapaz só trouxe o Civil e porque tem o Código Comercial nele!…” – Ele respondeu.

Entre 2001 e 2006, o Vade Mecum mais vendido e conhecido era o do Aquaviva

 

A Saraiva então, percebendo o filão, lançou o dela e ganhou o mercado. Acho que nem editam mais o do Aquaviva, ao menos nunca mais o vi…

Essa foi a evolução. O motivo de não usarmos Vade Mecuns nos 90’s, até hoje não sei; eles já existiam, mas só eram encontrados quase todos em capa dura e eram adquiridos para escritórios de advocacia, não eram destinados a universitários.

Quando se pensava em “Vade Mecum” nos 90’s, só se imaginava esses livrões de prateleira.

E hoje, mesmo sem mais precisar levar os códigos separados, alguns alunos ainda me dizem, com a cara e a coragem, quando indicado para ler algum artigo: “Estou sem código, professor!

 

 

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