Ver um filme que já sabemos a história, só para descobrirmos como será contado é complicado, pois nos faz ficar mais dligado nos detalhes da produção do que no roteiro.
Esse sonífero, digo, filme sobre Noé tinha tudo para ser muito legal, a começar pela história fantástica; aí pegaram corda o mirabolante texto original e exageraram.
Não fosse ser uma história clássica, acho que não sobraria ninguém na sala até o final do filme. Dizer que ele é chato é um elogio.
E aqueles “guardiões” de pedra lá? Viagem, man! Não vou contar para não estragar, mas até risada lá no cinema teve!
Ah, e para um homem de 600 anos, até que Noé estava bem jovial.
Saí lucrando porque escrevi umas duas cenas finais para o meu livro “O caso dos Anciãos Traulet” mas, não fosse isso, teria jogado umas dezenas de reais fora.
Pior é que, ao menos, achei que o filme fosse agradar aos religiosos; nem a eles! Umas resenhas que li só faltam dizer que o roteirista estava inspirado pelo diabo a criar tantos “turnin points” na história.
No fim, ficou a certeza de que, àquilo ser verdade, somos resultado de um grande incesto! Provando que, até na bíblia, nada é pecado se for justificado pelos fins.
Ainda fico com a produção “Em busca da Arca de Noé” de 1978, que foi exibido na Globo em 1983, muito simples, direta, fiel à trama bíblica original e de quebra ainda indica o paradeiro atual da Arca (!Sério!).