Quando eu estudava na UA (ainda nem era “Ufam”) a coisa era bem simples: à exceção de algumas pouquíssimas e honrosas exceções, raramente havia aula, o normal era irmos para a facul e ter uma aula em cada três. Nos virávamos como podíamos. Uns colegas, ao saber da falta do professor, ia para a biblioteca estudar, outros, como eu, se arranjava em casa mesmo, e em uma época onde sequer internet havia.
Já fui parado em corredor por ex-aluno reclamando de professor (desde quando tenho cara de coordenador). Eu apenas troco uns sorrisos e não me envolvo, mas saio pensando “Coitado, mais um dependente de professor!”.
Em 2013 até encontrei um aluno de uma das faculs em que ministro aula nos corredores de outra facul, me contou que saiu da anterior para não mais ter aula com um professor lá. Bem, mal sabia ele que raramente um professor é contratado de apenas UMA faculdade (ele corria o risco de reencontrá-lo lá); além de ter depositado a razão do próprio insucesso nas mãos de um professor de que não gostava…
Engraçado que, ano após ano, a (hoje) UFAM continua liderando. Sei que a qualidade dos professores melhorou, mas não tão muito que mantivesse a posição top. Estou cursando minha quarta faculdade, e aqui e ali tenho professor tão ruim que o vejo mais como um “mau necessário” do que ajuda – penso logo em tirar notão e ir para a etapa seguinte.
Costumo dizer que, se você depender de algum professor para alguma coisa, sua capacidade estará limitada à dele; mas se caminhar com suas próprias pernas, poderá ir muito ALÉM de onde ele está.
Lembre-se, faculdade é só um momento; esqueceu que quando entrou nela já pensou em sair formado?