Há uns meses estive no cinema assistindo ao “Me Nome é Gal”, o que me faz escrever sobre essa grande artista.
Soube da existência de Gal Costa em 1980, quando era hit nas rádios a música “Festa do Interior”. Ela já era famosa e ficou ainda mais quando, logo depois, o mega sucesso “Chuva de Prata” tomava o país.
O arrebatamento definitiva do público veio em 1985 quando, com Tim Maia, explodiu com “Um dia de domingo”.
Ela foi a face da vinheta da copa de 1986, onde cantava a música-tema “70 neles outra vez”.
Desde lá ela continuou como uma diva consagrada, mas sem mais novos hits, sendo para sempre símbolo de sua grandiosidade.
Sua música “Divino maravilhoso” voltaria às rádios em 1992, por estar em uma coletânea , acho que da Som Livre “Os rebeldes anos 60”, lançado em decorrência da esteira da série “Anos Incríveis” da Globo,.
Depois ficaria famosa por motivos errados: em um de seus shows atuava com seis à mostra;
Nunca deixou de ser falada, ate que sua morte trouxe, como ainda há, polêmica sobre as causas e circunstancias últimas de sua existência física.
Eis que vim assistir ao filme “Meu nome é Gal”;
Filme caricato, mas que caiu como luva, mormente por eu estar escrevendo um livro sobre 1974, tenho muito interesse em filmes que retratam momento próximo àquele.
Acertaram em não fazer biografia mas, como no filme “Golda, focaram em um recorte.
No filme aparece Torquato Neto, alguém que sempre me fascinou, e pretendo um dia estudar sua obra e biografia, me parece representar bem aquela época 1967-1972.
Era um poeta da tropicália, amigo da galera. Meu professor da faculdade Nobre Leão, me contou sobre quando erando foram amigos nos anos 60. Torquato neto foi o título do primeiro livro de biografia que empunhei quando a Saraiva foi inaugurada em Manaus, no Manauara, em 2008. Tendo saído da vida pelas suas próprias mãos, continuou sendo ícone eterno daqueles anos rebeldes.
O filme não é uma biografia, é um recorte quase teatral.
O recomendo fortemente, é um filme de origem. E vale como tal.