Algumas “Dinâmicas de Grupo” me fazem pensar que a psicologia dá alguma contribuição ao mundo da leseira – ou pelo menos alguns de seus operadores.
Certa vez, há anos, um “facilitador” fez uma equipe de professores formar um cículo, mandou que todos entrelassassem os brados; com todos presos entre si, mandou que expandíssemos a roda – e não conseguimos.
Ele altivamente disse: “Estão vendo? Quando todos seguram uns aos outros, nada pode fragilizar o grupo!”. – Há…
Ele (e é porque era “facilitador”, imagine!) precisou de mais de dez minutos para explicar que “Quando todos seguram uns aos outros, nada pode fragilizar o grupo”… entendi.
“Dinâmicas” como essa – e muitas outras , me fazem pensar o que se estuda de relevante em cursos de psicologia, porque isso aí, quero acreditar, não pode ser matéria de um Curso Superior, não é possível, é muito – muito – idiota e, pior: idiotizante. (no sentido pejorativo da palavra, mesmo).
Outras vezes, já ví “Dinâmicas” onde a função era descontrair e integrar o grupo. Bem, não dá pra ir direto ao assunto, poupando (e respeitando) o tempo e paciência de todos? – Porque não algum show de stand-up comedy de vinte minutos ao invés da Lesâmica de meia hora?
Admito a validade de alguma Dinâmicas (percebam que tirei as aspas, agora?): Para seleção para algum cargo ou, como já participei de um um dia, descobrir o perfil de cada um integrante de determinado grupo.
Como tudo, existe o bom e ruim.
Que os promotores de eventos honrem a presença da platéia, e afastem essas imbecilidades de 99% das “Dinâmicas de Grupo” a que somos submetidos (sempre tenho a impressão de que alguém, atrás de alguma janela de vidro fica dando risada de tudo aquilo).
Dica, que sigo o quanto posso: procuro descobrir se antes de alguma reunião haverá alguma baboseira de (leia-se “Lesâmica”), se houver, chego atrasado.
Viva à Dinâmica, morte à Lesâmica.