Esse livro que hoje é apresentado ao público pela primeira vez é fruto de uma pequena hilíada.
Fui pinçado para ministrar a disciplina “Direito Digital” na Nilton Lins em 2010, de última hora. Assumi a disciplina e já ia, aula após aula, escrevendo os temas para algum eventual futuro livro.
Assim que terminou o período, houve uma mudança de grade… e a disciplina foi limada da grade. Lá estava eu com um monte de anotações “inúteis”, já que não teria mais a matéria a ser ministrada. Foram para a gaveta e lá ficaram.
Era final de 2012 quando da Coordenação de uma das faculadades em que ministro me veio a proposta de ministrar uma disciplina que trataria sobre direito e informática. Aceitei no ato, finalmente minhas anotações teriam alguma serventia.
Fiquei todo o mês de janeiro de 2012 escrevendo meu livro, chamei a disciplina de “Direito da Informática”, já que tinha sido confiado a mim elaborar o conteúdo programático da disciplina. Show!
Ele foi pensado para ser um e-Book, até porque a Amazon havia acabado de inaugurar no Brasil e eu já tinha postado uma obra lá, o Nivi.
O livro já começou bem, atingindo o segundo lugar em vendas nacionais da Amazon na categoria “Direito”.
na terceira semana de aula, me ligam da Coordenação para avisarem que duas alunas reclamaram de ter que comprar meu livro, pois “já pagam a faculdade, ainda terão que comprar o livro do professor?”
na primeira aula subsequente a tal ligação, perguntei na sala quem havia adquirido meu e-Book (custava R$ 9,99 na Amazon). Para todos que levantaram a mão eu entreguei um envelope, azul, de presente. Dentro havia uma cédula de R$ 10,00. “-Neste momento eu reembolso você por qualquer gasto que tenha tido com meu livro, e desde hoje não mais o utilizarei nessa disciplina, passaremos a usar somente texto de lei!” – Pronto, fiz reinar paz e colocava, ali, uma pedra no uso do “InfoDireito” naquela disciplina naquela faculdade.
A contra-reação foi rápida: como era uma disciplina optativa, simplesmente os alunos cancelaram suas matriculas.
E assim terminava a utilização do trabalho que havia me levado o mês de férias de janeiro.
Mas foi quando lembrei que, se com a turma havia sido um fisco… ele era um dos mais vendidos… no país! Eu precisava, então fechar a história, ate para fazer valer aquelas minhas noites maldormidas escrevendo.
Resolvi que ele teria uma edição em papel, ainda que pequena, só para que eu pudesse ver materializado o resultado dessa história que iniciara em 2010.
Fui convidado para palestrar em um evento (adivinha qual turma estava promovendo o evento?…) – Aceitei de cara, assim poderia lançar o livro sem fazer lançamento: é que ao invés de ser evento de lançamento de obra, seria na verdade só a venda de algo em uma palestra, simples.
Hoje, 18 de junho de 2013, um dia após a primeira grande manifestação nacional do público contra vários desmandos, vou palestrar e vr à venda, pela primeira vez, a edição em papel do InfoDireito.
A história, finalmente, se completa!
Assim, peguei todos os limões e fiz uma limonada 🙂