Hoje, 10 de junho: “Dia do Pastor”

Alguns guiam os fiéis, ganham bem por isso (e acho justo que ganhem mesmo).

Outros usam os fiéis para, através de suas crenças (dos fiéis), arrecadar dinheiro para aumentar a riqueza pessoal.

Ou seja, alguns vêem no fiel a finalidade de sua atuação, outros, o meio.

Penso que o maior bem de um Pastor é sua credibilidade, é através da certeza e segurançaa que ele pessoalmente passa que alguém acreditará em algo metafísico.

E dar segurança inicia com a coerência.

E ser coerente começa com reconhecer que há o erro en volta, e que luta para consertá-lo.

Imagine um político que dissesse em uma campanha eleitoral: Não é verdade que político é desonesto, político é, antes de tudo, um honesto! – Ele passaria alguma verdade? É claro que não, ainda que ele, pessoalmente, fosse honesto.

E esse é o problema com a maioria dos Pastores: quando veem um erro aprontado por outro pastor, ao invés de concordarem que tal fato é errado, e deixar claro que não compactua com aquilo, é o primeiro a defender a classe, com se fosse uma horda de santos, com personalidades infalíveis de modo coletivo.

O mesmo serve para qualquer membro de qualquer classe.

Eu, por exemplo, sou professor, e estou longe de achar que a classe dos professores é perfeita. Sempre que algum aluno me fala algum desmando de algum colega (que sempre faço questão de nunca saber quem são os autores dos desvios), sempre digo: “Minha classe é como qualquer outra: tem os bons, os medíocres e os ruins!”.

Os bons políticos também, você deve notar, são os primeiros a admitir que a classe política realmente está enlameada.

Mas eu nunca vejo isso acontecer com Pastores: é incrível como eles se protegem, como se formassem um todo indivisível, onde ninguém é pilantra e desviado.

Isso, simplesmente, acaba retirando a boa impressão sobre qualquer um desses guias.

Será que nenhum deles pensa que deveriam começar a cortar na própria pele para trazer credibilidade aos bons pastores?

É por isso que sou fã do Silas Malafaia: ele não pensa duas vezes em apontar desvios dentro da própria organização que integra, quando encontra alguma.

Simples.

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