“A história não contada do Motorhead” (livro) [resenha]

Você pode não gostar de Motorhead, ou de Lemmy Kimster, seu timoneiro – mas não conseguirá ficar imune à essa banda, por tudo o que ela tem de único. É um trio onde o baixista tem uma imagem tão marcante que é única, é um mistro de senhor e mascote, na mesma pessoa. Desde sempre toca seu baixo Rickenbacker como se fosse uma guitarra: com acordes e ainda usa o som distorcido. No palco, usa o microfone lá no alto, o que faz com que cante olhando para o teto. Diz Lemmy que assim não se acanha com o público, ao mesmo tempo que não dá importância se o local está ou não lotado, já que não está olhando para a frente…

Ouvi Motorhead pela primeira vez lá pelo fim dos anos 80, quando passou um show deles no Brasil – transmitido pela TV Manchete (isso mesmo! Show de rock sábado à tarde na tv aberta!).

O som é sujo, pesado; mas, ainda assim, meio melódico! – Pelo visual, se pensa que o som é meio pra Sepultura, mas não! Dá pra gostar algumas músicas de primeira sim. Banda surgida na primeira metade dos anos 70, Lemmy conheceu Jimmy Hendryx pessoalmente, o que foi sua primeira fonte de inspiração;

Dia desses vi esse livro na Saraiva: “A história não contada do Motorhead”, já devorei-o.
É um livro mais sobre Lemmy do que sobre o Motorhead – talvez pelo fato de a “banda ser ele”, como está no livro.

Lemmy e um homem hoje de uns 70 anos, 3 filhos. O primeiro é adotivo, o terceiro é um que ele diz não ter certeza se é dele, já que “ele e o roadie saíam com a mãe dele”, e ele ainda acrescenta que esse filho “não parece nem ele nem o roadie”.

A banda vivia em briga constante com empresários e gravadoras;
Era uma banda de estrada, onde se firmava e se dava bem com os fãs. Era um power trio, embora, com a saída do primeiro guitarrista, o vácuo deixado foi preenchido momentaneamente por dois guitarristas durante algum tempo;

O primeiro baterista saiu expulso, pois se acidentou e, quando voltou, não conseguia mais tocar nada direito.

A impressão que fica é que cada palmo de sucesso do Motorhead foi conquistado no braço, da forma mais difícil possível, quase sentimos agonia lendo o livro – parecia que só o publico gostava da banda, mas que todos em volta e acima não gostavam – em um momento sequer eram tocados em rádios mesmo já tendo algum nove e grande volume de venda (aliás, vendagens e cifras em dinheiro são coisas omitidas no livro);
O livro está organizado em ordem cronológica, cada capítulo abrangendo dois ou três anos. Cada capítulo sempre termina com um suspense para o próximo capítulo (gostei dessa fórmula, se um dia eu escrever biografia, vou usar).

ahncm

2 thoughts on ““A história não contada do Motorhead” (livro) [resenha]

  1. Tenho esse livro, muito bom! Banda até hoje pouco conhecida mas importantíssima no cenário roqueiro. Para mim, não é a melhor nem a maior, mas É A BANDA DE ROCK AND ROLL POR EXCELÊNCIA!

  2. Esse comentário de cima “Banda até hoje pouco conhecida”, o autor será que cheirou cola e comeu a lata??

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