“É só a gravação de um show projetado no cinema, com um filme, é provável até que dê sono.” Como é talvez a única vez na vida que possa “ver” o Zep sentado em um poltrona de arena como em um show, achei que devia ir. Seria a segunda e última sessão desse show, apenas.
O ingresso foi pancada: 40 pratas.
Brother, tive uma aula de Rock´n´Roll. Estava precisando me “reciclar” mesmo.
Pude entender porque esses caras eram tão fodas. O som do cinema nem estava lá essas coisas, mas mesmo assim contagiou a plateia, que aplaudia e reagia como em um show ao vivo mesmo. Plateia aliás, formada da melhor qualidade, afinal, eram roqueiros!
O Jason Bohan descia o braço na bateria. O John Bohan, obviamente, não estava naquela bateria, mas parecia que estava. Estranho…
Até umas duas ou três músicas que eu achava chatinhas achei legal, nesse show – a performance fez tais músicas ficarem empolgantes;
O Plant e o Page faziam gracinhas entre eles, e o pobre do John Paul Jones estava o tempo todo deslocado da banda no que toca ao palco. Só notei alguma afeição quando em um relance, Page passou uma garrafa d´água ao Paul Jones.
Eu sempre soube que um power trio como base (baixo-guitarra-bateria) já bastaria pra empolgar, afinal, quase todas as bandas em que toquei foram assim, mas pude agora ter certeza.
Se esses caras velhinhos já são fodas, imagine lá entre 1971 e 1975!
Êxtase na tela e na plateia quando o Page pegou o arco de violino, agora com lasers em volta dele, coisa impensável naquele “The Songs remais The Same” no Madson Square Garden;
“Stairway to heaven” foi um momento mágico: deixou a todos hipnotizados e magneticamente em transe. Sim, o Page estava com a guitarra de braço duplo e, o melhor: entrou logo no solo, não ficou enrolando como nas outras gravações ao vivo, nem deixou o solo cansativo – aliás, tocou-o em versão reduzida. Se foi proposital ou porque não sustenta mais o que fazia, será um eterno mistério…
Deu pra ter uma ideia clara (essa sim, e mais e melhor) do que foi a projeção, em 1976, do The Songs Remains the Same, o filme (traduzido malucamente como “Rock é rock mesmo” –
Engraçado que, como qualquer admirado do Zep, sempre achei pateticamente ridícula a tradução do filme “The Songs Remais the Same”, que estrelou no Brasil com o nome de… “Rock é Rock mesmo!” masssss…. depois de assistir ao “Celebration Day”, ficou claro o motivo da tradução estranha, é que ficamos com a sensação de que…. rock e rock mesmo!
Ao assistir aquilo, sem qualquer firula de cenário de palco, ficou muito claro que, definitivamente, esse negócio de axé, sertanejo, pagode, boi e forró são uma poeira perto do Rock ´n Roll.
Ah, o ingresso, que no início achei caro, depois conclui que valeu cada centavo!
Ainda bem que você gostou e que valeu cada centavo!!!! Eu gostei das partes que consegui assistir!!! rsrsrs