Malhar e correr escutando música tem até nome: dopping auditivo. Diminui o cansaço, dá novo gás e aumenta a resistência: desde que escutemos a música certa no momento certo. isso demanda escolha. Enchemos nossos iPads (já me furtaram uns cinco) de músicas, na tentativa de transformá-lo em uma rádio e sermos surpreendidos a cada música com “aquela” que gerará explosão de energia já no primeiro acorde.
O ideal é colocar as que se gosta [escrevi um post sobre os motivos de gostarmos de alguma música, AQUI], mas somos traídos por vários vieses:
- Achamos que temos que colocar aquela música só porque ela é tão clássica que não admitimos que possamos deixá-la de fora, tipo “Onde já se viu deixar ´Smoke on the water´ ou ´Stairway to heaven´ de fora?”;
- Colocamos aquela outra música que não gostamos, mas achamos que vamos gostar – vai que queremos ouvi-la e ele não está no ipod?
- Colocamos aquela outra que já enjoamos, mas achamos que vamos “desenjoar” e redescobrir a qualquer momento;
- Colocamos aquela música que não gostamos, aliás, nem conhecemos direito, mas achamos que vamos gostar ou que temos que gostar, porque é da banda que gostamos;
Resultado: quando vamos escutar, acabamos simplesmente dando o baypass – passando de uma música pra outra – procurando a que gostamos.
E quando você acha que colocou músicas bastante, o inevitável acontece: estoura a memória do iPad. Lá vai você procurar as que gosta menos, e aí descobre que são muitas – isso significa que errou ao escolher as músicas, já que escolheu não tão boas. Sempre que vou deletar músicas pra economizar memória procuro aquelas que tem ao vivo e de estúdio, deletando uma das duas, partindo das mais longas para as mais curtas.
Hahaha, totalmente eu!