“Efeito Associação”: funesto, às vezes.

Em um post antigo desse blog eu escrevi sobre o efeito associação: a personalidade única formada por cada turma e a adaptação de cada integrante a esta persona coletiva.

Em 2004 eu cursei IELF

Lembro que certa vez, notei que uma determinada turma, de uma determinada faculdade, estava padecendo desse problema: cada integrante da turma, como pessoa, era extremamente inteligente, mas, na turma, se tornava limítrofe, abaixo da média, ruins mesmo.  E como é inconsciente micro-coletivo da sala, não se sabe quem começou, o responsável ou muito menos se tudo se originou a partir de um integrante que teve sua conduta replicada.

Como essa turma era muito unida, cada uma se sentia acolhido em sua própria besteira, e por faltar até olhar de reprovação pelas próprias besteiras faladas e escritas, se sentiam cada vez mais seguros para continuarem na mediocridade reinante nas paredes daquela sala.

Muito simpáticos, era talvez a turma mais simpática daquela faculdade, mas a qualidade parava aí.

Duas soluções existiam par aqueles alunos, a difícil mas possível, e a fácil mas talvez impossível:

1 – Fazerem um pacto de, se não saírem do quase-zero, ao menos não parecerem quase-zero para não irritar professor algum. A dificuldade é conseguir alguma unanimidade;

2- Cada um tentar salvar sua própria pele, e ir para outra turma. O novo efeito-associação, vendo todos em volta mais aplicado, vai livrar esse ex-quase-zero a sair do zero e começar a ter voos, movido pela boa influência dos colegas de sala.

Enquanto isso, lamento por essa turma (antes lamentava por eles e por mim, por ser professor deles, mas agora que acabou o período, só lamento por eles).

gngdml

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