“Crer” é “Dar crédito”. Há um ditado clássico que diz “Eu não creio em bruxas, mas que elas existem, existem!”.
Crer ou não é um ato de vontade, e independe de, racionalmente, se ter certeza se o algo é ou não verdade.
o que conclui pelos seguintes sete parágrafos?
1 – No mestrado, um professor nos disse: mesmo se houvesse um unicórnio no seu campo visual, você não o veria, pois você tem certeza que ele não existe;
2 – Em um fragmento de “Brida” (Paulo Coelho), Lorenz diz a Brida: “Tá vendo essa esfera e aqueles dois furos? Você acredita que se eu a conseguisse estilingar à velocidade da luz, essa esfera se dividiria em duas, passaria pelos dois furos e se remontaria sozinha após os furos? Eu também não.. mas é verdade!”
3 – Nos anos 90, tínhamos um parelhinho, Tamagochi, que o alimentávamos apertando uns botões, pois acreditávamos que ele morreria digitalmente de fome se não desse alimentado;
4 – No livro “O pássaro azul”, Titil e Mytila encontram seus avós já falecidos, e eles lhes contam que sempre estão vivos quando alguém pensa neles;
5 -Se você estiver apaixonado, você pode até ver sua esposa lhe traindo, mas não vai acreditar. Se for um psicopata, ela poderá ser a santa absoluta, e você terá certeza que está sendo traído, crendo nisso definitivamente;
6 – Carl Sagan, o cientista, disse: “As pessoas não acreditam porque acham que é verdade, acreditam porque tem necessidade de acreditar”;
7 – Eu continuo não ligando para a discussão sobre se Deus existe ou não. Mas em Junho de 2014 propus um desafio a essa divindade, a resposta veio concreta e fisicamente, e imediatamente à proposição. De forma que eu até posso continuar sem acreditar em Deus, mas daí a afirmar se ele existe ou não, é outra coisa bem diferente…
Isso significa que:
a) Você pode saber que deus existe, e ainda assim não acreditar nele;
b) O contrário é verdadeiro: você pode saber que Deus não existe, mas ainda assim acreditar nele, e para ele direcionar suas crenças.