Eu consigo separar bem o que se acredita (lado direito do cérebro) do que se sabe ser verdadeiro (lado esquerdo). Senão vejamos:
Premissa 1:
Certa vez escutei algo bem inteligente: alguém disse “tenho quatro tipos de música: as que são boas e eu gosto, mas que são ruins e eu não gosto; as que eu gosto mas sei que são ruins, e as que eu sei serem boas, mas eu eu não gosto”.
Faz muito sentido: você pode não gostar de Jazz, mas sabe que é tecnicamente uma boa música. Um primo meu me disse certa vez: “The Who é uma grande banda, mas eu não consigo gostar dela”.
Premissa 2:
Li isso no livro “Brida” de Paulo Coelho, eram palavras de Lorenz: “-Brida, se eu atirar um átomo à velocidade da luz em uma placa com dois furos, ele se dividirá em dois, passará pelos dois furos e vai se juntar de novo logo depois de passar. Você acredita nisso?”; “-Não!” respondeu Brida, no que Lorenz disse “-Eu também não acredito, mas é verdade!“.
Então, também vejo dessa forma: É absolutamente possível se acreditar em algo que se sabe que não existe, assim como é possível saber que algo existe e não acreditar. Cada lado do cérebro com sua função, bonitamente separadas.
Sabe o ditado “Eu não creio em bruxas, mas que existem.. existem.”, pois é, e por aí.
Assim:
Eu sou cético não tenho crença religiosa alguma.
Mas daí a eu afirmar que não existe entes ditos pelas religiões… é algo bem diferente!
Apenas não me importo se existem ou não.