Dias históricos são assim: só são reconhecidos como tal bem depois.
Ontem, 2 de fevereiro de 2012, foi um desses dias que, em algum momento, lhe será dada a real importância.
Nunca nos esqueçamos da tentativa de diminuir a possibilidade de julgamento do CNJ, vinda da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros, entidade que “congrega 36 associações regionais, sendo 27 de juízes estaduais, sete de trabalhistas e duas de militares” segundo o respectivo site).
Foi uma tentativa de golpe contra os jurisdicionados.
Confesso que fui surpreendido com o resultado. Eu tinha certeza absoluta que o CNJ seria detonado no STF! “Onde já se viu Magistrados julgarem a possibilidade de serem controlados?” – Mas, incrível e estranhamente, ainda que com diferença apertadíssima, venceu a sociedade!
Para que fique registrado para a posteridade:
Tentou imobilizar o CNJ: AMB – Associação dos Magistrados Brasileiros
Ministros do STF favoráveis ao poder do CNJ de, diretamente, investigar e julgar magistrados:
Min. Rosa Weber
Min. Gilmar Mendes
Min. José Antonio Dias Toffoli
Min. Cármen Lúcia
Min. Carlos Ayres Britto
Min. Joaquim Barbosa
Tentaram diminuir os poderes do CNJ:
Marco Aurélio Mello (relator) (que decepção. Esse Ministro sempre foi o “meu herói” naquela Corte!)
Luiz Fux,
Ricardo Lewandowski
Celso de Mello
Cezar Peluso
Frases históricas do julgamento:
“Até as pedras sabem que as corregedorias não funcionam quando é para investigar os próprios pares” – Min. Gilmar Mendes
“O Conselho passou a expor situações escabrosas no seio do Poder Judiciário e veio essa insurgência súbita” – Min. Joaquim Barbosa
Essa tentativa de rasteira no CNJ não funcionou. Qual será a próxima?