Acabei de ler o “Cartas a um jovem economista”, a segunda (e nova) edição.
Eu já iniciai a leitura sabendo que iria gostar, pois sou fã de Gustavo Franco, devido ao Plano Real, e gostei bastante do filme sobre esse plano (ele não gostou tanto, como declinou no livro).
Eu estava certo. O livro realmente é fora do comum em boa qualidade.
Economista erudito, aconselha os que almejam à profissão através de duas óticas: sua própria formação e produção acadêmica e sua atuação no plano Real.
Na primeira ótica, percebemos o quanto é obstinado com estudo, nunca tendo parado de buscar conhecimento. Para ele, a faculdade foi só o início. Ainda que sem ter dito isso diretamente, acabamos convencidos a alçar mais e mais conhecimento cursando o que puder pelo caminho.
Na segunda ótica, Nos leva pela história econômica do Brasil a partir do “milagre” dos anos 70 aos nossos dias, explicando o cenário pré-real e depois o que fizeram no pós-nova-moeda.
Achei acertadíssima a ideia de expor, com nome aos bois, os que foram contra o plano (para os mais novos, a última grande decisão acertada de nossa economia!), fiquei perplexo com o fato de alguns economistas que eu idolatrava terem sido contra o Plano mas, foi bom saber.
A linguagem e articulações dos argumentos no mais alto nível mostra que a erudição, a que me referi acima, não foi só formal: ele escrever como quem sabe moldar as frases, pinçando as palavras exatas pala ilustrar o que pensa.
Absolutamente recomendo a todos os economistas (e não apenas aos iniciantes) que o leia.
Há verdades ali que precisam ser ditas e engolidas.