Hoje ministrei mais um discurso de Aula da Saudade, dessa vez para alunos do Uninorte. Segue a íntegra:
Chegou o momento!
Algumas pessoas apenas existem, e não vivem, mas vocês já estão vivendo.
Logo logo um divisor de águas ocorrerá. Encerra-se um ciclo, inicia-se outro. Até agora estávamos a dois corredores de distância, eis que agora (eu não vou mentir ou parecer simpático)… é por sua própria conta!
Os senhores agora fazem parte de uma elite, e isso lhes traz uma imensa responsabilidade.
Era agosto de 1997 (lá se vão 15 anos), colava grau eu em direito, e Fiquei desesperado! Um papel me dizia que eu era Bacharel mas eu não sabia NADA. É amigos… vocês vão estudar no próximo ano mais do que estudou nos cinco em que aqui estiveram (eu disse que não ia mentir…);
Sua família vai lhe ver em breve como o baluarte da sabedoria da sua casa, o jurista da família. Você está pronto?
Não vou mentir: muitas decepções os esperam depois da formatura. Descobrirão que muito do que estudamos é só teoria, às vezes, das mais inúteis.
Mas mantenham a cabeça erguida, lembre-se que um diamante bruto só vira uma jóia após levar muitos golpes.
Sempre que vocês me ouviram, vocês ouviram um pouco do Prof. Samuel Benchimol, Carlos Coelho, Lupercíno, Lourenço Braga, João Braga, Feliz Valois, Manoel Beça, André Beça, Afrânio de Sá. Fui aluno de todos eles. E assim como eles ficaram e ficam felizes quando sou elogiado para qualquer deles, ficarei imensamente feliz quando ouvir o seu nome, de forma elogiosa; será a melhor homenagem que você me prestará, afinal, o sucesso de vocês, é o meu sucesso também.
Por várias vezes visitei o prédio da minha faculdade, e não houve nenhuma vez em que não me vi andando por lá, sentado na escada, sentado no pátio, na cantina. Isso vai acontecer aos senhores quando visitarem esse prédio; se verão andando nos corredores, na fila da cantina, na janela da xerox, nas mesa do hall, na carteira da sala, no banco da biblioteca, procurando estacionamento…
Tratem de fazer a coisa certa, que é para chegar com você mesmo, se olhar no espelho e dizer: – Fizemos valer à pena!
Quero poder vê-los em sucesso pleno, para poder apontá-los para quem estiver perto de mim e dizer: “Esse é Meu Aluno!”, “Essa é Minha aluna!”
E eu, que jamais lhes dei alguma ordem, agora, pela primeira vez, lhes ordeno algo: SEJAM FELIZES!