Pense em um aparelho ruim.
Mas verdadeiramente ruim, mas todo mundo (eu também) tinha, e às vezes gostava. Era ela: A vitrola portátil!
Qualquer ser vivente, ainda mais se morasse aqui na Zona Franca, tinha uma, eram baratas e úteis.
Bastava acionar o braço da agulha sobre o disco, e ela ligava automaticamente. Tinham até seletor de velocidade do disco, para 90, 45 e, o padrão, 33 RPM.
A vantagem (a única, aliás) era a portabilidade, realmente dava pra levar pra qualquer lugar; era o que havia na época, se quiséssemos ouvir nossos bolachões no recesso do quarto.
Fora a vitrola, restavam os “3 em um” e ao aona modulares para ouvir os discos, todos com os incômodos pra operar; pelo menos nas vitrolinhas íamos direto ao assunto: colocávamos o praço no disco e pronto, só.
O a qualidade do som? Bem, nem qualidade tinha! Parecia rádio AM! Estéreo? Nem pensar! O som era tão ruim (às vezes o vocal das músicas parecia um pato) que mais parecia piada dos fabricantes mesmo.
A caixa de som era aquelas de 4 polegadas, quase um tweeter; sem médios, graves, então, nem pensar. Algumas tinham rádio, o que era pior, pois aumenta o tamanho do aparelho.
Sim, usavam pilhas, geralmente seis, e secavam-nas rapidinho, duas horas de uso e lá se ia mais pilhas…
Estranhamento, deixaram de ser usadas bem antes do fim dos discos. No início dos anos 90 já eram raras; acho que como a qualidade dos sons modulares “de mesa” aumentou muito, nem a portabilidade passou a justificar o uso das vitrolinhas. Viraram peça de museu.
Esta sonex esta a venda?
Essa Sonex não é minha, mas lhe digo onde tem para vender: Aqui em Manaus, há um Sebo chamado Império. Inclusive foi lá que fotografei essa e outras vitrolas.