Estou aqui em uma festa, quando escuto no som a música”I shoud have known better“; não a dos Beatles (até porque a dos Fab Four é “know” e não “known”, se bem que a dos 4 de Liverpool também é uma Trough-Time-Music), mas aquela romântica que estourou nos anos 80, do Jim Diamond (novela “Corpo a corpo”, eu acho).
Isso me lembrou que tal música se trata de uma “Trough-Time-Music”. Algo como “Música através do tempo”,ou que “Atravessa o tempo”, ou ainda, simplesmente, “Música atemporal”. É também chamada de all-time music.
É que algumas músicas tem o condão de, simplesmente, se tornarem eternas.
Não, não é pela letra, é pela melodia mesmo.
O motivo pelo qual isso acontece já foi alvo de pesquisa de todas as espécies, mas nada de conclusivo existe, só algumas pistas. O fato é que a combinação das 12 notas (7 notas naturais e mais 5 acidentes – bemóis ou sustenidos) fazem com que o som entre pelo ouvido e se instale na mente, alma e coração, passando a fazer parte da nossa própria história.
De forma que em qualquer lugar que seja escutada, ela simplesmente já é reconhecida como parte da sua vida.
Por razão que igualmente não sei, a maior parte dessas músicas estão situadas entre os anos 60 e 90. São poucas as que alçaram tal qualificação de 90 para cá.
E, estranhamente, algumas gravações dos anos 80 tem qualidade tão impecável que ainda hoje, em plena década de 2010, ainda não foram superadas apesar de todo o avanço tecnológico.
Exemplo de TTM: Yes, I Just Called to say i love you, The lady in red, Lover Why – eu poderia dizer uma centena delas, e outras brasileiras – sendo que estas, as nossas, nacionais, tem qualidade de gravação que não chegam à sola das gringas, uma pena (Ressalva se faça a algumas gravações da Jovem Guarda que superam, em muito, a qualidade do audio dos dicos iniciais dos Rolling Stones!).
Abaixo, segue o video da “I should have known better”, do Jim Diamond, uma “Trought-Time-Music” por excelência:
E você, qual Trough-Time-Music lembra agora?